(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ASSIST�NCIA SOCIAL

Mulheres em situa��o de rua transformam plantas em itens de higiene pessoal

A��o formativa ocorre em unidade de produ��o agroecol�gica no Bairro Lagoinha, na Regi�o Noroeste da capital


09/01/2023 04:00 - atualizado 09/01/2023 17:29

Hortaliças, ervas, plantas medicinais
Hortali�as, ervas, plantas medicinais, ornamentais e frut�feras s�o cultivadas no local (foto: T�lio Santos/EM/d.a press)
 
Um trabalho coletivo e humanit�rio transformou um terreno improdutivo e abandonado, localizado no Centro de Refer�ncia em Seguran�a Alimentar e Nutricional (Cresan) do Mercado da Lagoinha, na Regi�o Noroeste da capital, em uma Unidade de Produ��o Agroecol�gica que sedia o projeto “Elas cultivam a Lagoinha”. A a��o, iniciada em 2021, visa a inclus�o produtiva de mulheres em situa��o de vulnerabilidade, com trajet�ria de vida nas ruas e usu�rias de drogas, al�m de promover interven��es art�sticas e culturais na regi�o.
 
O projeto � gerido pela Secretaria Municipal de Seguran�a e Preven��o (SMSP) e pela Subsecret�ria de Seguran�a Alimentar e Nutricional (Susan), sendo executado pelo Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustent�vel (IEDS) utilizando uma metodologia chamada de Espa�o Urbano Seguros.
 
“A discuss�o sobre seguran�a envolve a reflex�o sobre o uso do espa�o coletivamente. A gente tinha essa �rea abandonada, que pessoas em situa��o de rua ocupavam, e ali perto n�s temos o Centro Integrado de Atendimento � Mulher (Ciam), onde uma das demandas � a inclus�o produtiva dessas pessoas”, explicou a Diretora de Preven��o da SMSP, M�rcia Alves.
 
Instalada em uma redoma
Instalada em uma redoma, a unidade de produ��o agroecol�gica recebe oficinas de forma��o destinadas a mulheres (foto: T�lio Santos/EM/d.a press)
 
 

PRODU��O E RENDA


A Unidade de Produ��o Agroecol�gica ocupa uma �rea de aproximadamente 1 mil m², onde s�o plantadas hortali�as, ervas, plantas medicinais, ornamentais e frut�feras. O espa�o � ocupado coletivamente para que se gere uma sensa��o de seguran�a na regi�o e inclua as mulheres da comunidade de forma produtiva com a venda dos produtos, buscando uma forma de inser��o no mercado de trabalho. 
 
Em uma redoma central, oficinas de produ��o e forma��o ensinam uma m�dia de 12 a 15 mulheres, por semana, a transformar essa mat�ria-prima em itens que possam ser utilizados no dia a dia como sabonete, repelente, desodorante e outros itens demandados pela popula��o de rua. A produ��o � destinada tanto para uso pessoal quanto para a gera��o de renda dessas mulheres, que exp�em os produtos em feiras.
 
“� muito dif�cil inserir pessoas em situa��o de rua no mercado de trabalho. A gente trabalha com a import�ncia dessa produ��o no sentido pessoal, mas tamb�m nessa retaguarda. � uma porta de entrada para inclus�o produtiva e as mulheres veem no resultado do trabalho delas uma possibilidade”, ressalta M�rcia Alves.
 
Atualmente o Ciam atende cerca de 130 mulheres em situa��o de vulnerabilidade social por m�s, oferecendo a elas acompanhamento psicol�gico, de sa�de e de assist�ncia social. O local promove tamb�m alimenta��o, banho, lavagem de roupas e outros servi�os essenciais.
 

AGROECOLOGIA


Al�m do projeto destinado �s mulheres, a Unidade de Produ��o Agroecol�gica tamb�m tem sido utilizada pelo Cresan como uma forma de propiciar para a popula��o local um contato com a terra e a natureza. Oficinas que seguem os princ�pios da agroecologia s�o realizadas no local com esse objetivo.
 
A Associa��o Brasileira de Agroecologia (ABA) define o conceito como uma ci�ncia, movimento pol�tico e pr�tica social que articula diferentes �reas do conhecimento de forma transdisciplinar e sist�mica, orientada a desenvolver sistemas agroalimentares sustent�veis em todas as dimens�es. Nesse sentido, o Cresan oferece na unidade diferentes forma��es em sustentabilidade.
 
“Uma delas � o Circuito Caminho do Alimento, onde conversamos com as pessoas sobre aquilo que consumimos hoje e convidamos crian�as e adultos a refletir sobre isso. As unidades produtivas e esses tipos de a��o tornam a cidade mais sustent�vel, ocupando espa�os de forma produtiva e ajudando na educa��o alimentar”, explica Beatriz Carvalho, coordenadora geral do Cresan.
 
Para atingir esses objetivos, o Cresan procura integrar as comunidades locais na Unidade de Produ��o, fazendo da coletividade uma verdadeira for�a motora. Um dos seus projetos, as Trilhas da Agroecologia, por exemplo, re�ne duas turmas semestrais com cerca de 150 pessoas, de idades variadas, para compartilhar ensinamentos sobre produ��o sustent�vel e pr�ticas de manejo agroecol�gico, que pressup�em a pr�tica da agricultura org�nica e o emprego de tecnologias limpas, que geram menos polui��o.
 
"Possu�mos uma variedade grande no p�blico das trilhas com pessoas j� engajadas na agricultura urbana, professores da rede p�blica que podem transmitir os conhecimentos e pessoas que participam de movimentos ambientalistas”,  informa a coordenadora.
 
As a��es realizadas nas Unidades de Produ��o Agroecol�gica s�o abertas para aqueles que desejam integrar os grupos coletivos. No entanto, por quest�es de organiza��o da horta urbana, � necess�rio procurar o Cresan e a Susan para que antes ocorra um planejamento adequado. Informa��es pelo email [email protected].

* Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Rafael Rocha
 
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)