
A investiga��o feita pela Pol�cia Civil sobre a m�e que teria provocado a morte de um filho de quatro anos por maus tratos come�a a tomar propor��es diferentes. Ela tamb�m teria deixado dois filhos abandonados num apartamento no Bairro Lagoinha, na regi�o noroeste da capital mineira. Por�m, de acordo com a investiga��o, essa m�e teria sido trazida para Belo Horizonte por Terezinha Pereira dos Santos, de 53 anos, e seria obrigada a fazer trabalho escravo. Terezinha, que est� desaparecida, pode ter sido a respons�vel por toda a situa��o.
J� se sabe, por exemplo, que o apartamento em que duas crian�as, de 6 e 9 anos, foram encontradas em situa��o insalubre � de Terezinha, que tem, inclusive, passagens pela pol�cia.
Em 2012, ela foi investigada por manter a filha em c�rcere privado. Al�m disso, ela se apresentava como av� das crian�as encontradas abandonadas no apartamento da Lagoinha.
Terezinha seria tratada assim pelas crian�as, embora n�o fosse a av� verdadeira. As crian�as a chamavam de Maria da Rosa. A m�e das crian�as, K�tia Cristina Alves, presa desde janeiro, quando morreu um de seus filhos de quatro anos, concordava com a situa��o. Ela foi trazida para trabalhar no s�tio de Terezinha, em S�o Joaquim de Bicas.
As duas crian�as seguem internadas, com desnutri��o, no Hospital Odilon Behrens. L� est� um tio das crian�as, Kerrison Cristiano Robes. Ele diz ser irm�o da m�e das crian�as e que, ao saber da situa��o, veio para Belo Horizonte. “Quero a guarda das crian�as. N�o temos mais nossos pais. Mas a situa��o que encontrei aqui exige que tome uma provid�ncia”. desabafa. kerrisson veio de Goi�s, terra natal de sua irm� e das crian�as.
Nas primeiras investiga��es foram tomados depoimentos de vizinhos do apartamento onde as crian�as estavam. Segundo testemunhas, elas eram, constantemente, amea�ados por Terezinha.
As crian�as foram encontradas por uma vizinha, que contou que um sobrinho a chamou, no �ltimo final de semana, dizendo que havia crian�as abandonadas no apartamento vizinho. “Elas diziam estar com fome. A casa estava uma sujeira, e havia mau cheiro”, conta Poliana Pereira dos Santos.