Emo��o, f�, cultura e hist�ria. A tricenten�ria cidade de Sabar�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, revive, desde as 15h desta quinta-feira (6/4), um momento muito emocionante da Paix�o de Cristo, nascido da devo��o popular. Na Igreja S�o Francisco, no Centro Hist�rico, ocorreu a cerim�nia de abertura do Santo Sepulcro, com a presen�a de moradores e visitantes. O ritual remonta ao s�culo 19 e � considerado �nico no pa�s, pois retrata a morte de Jesus na quinta-feira – na v�spera, portanto, da sexta-feira da Paix�o, quando os cat�licos relembram a crucifica��o e acompanham a Prociss�o do Enterro.
"A abertura do Santo Sepulcro faz parte da devo��o popular, a exemplo de outras celebra��es existentes na Semana Santa. N�o devemos pensar apenas na quest�o cronol�gica", explicou o padre Rafael Garcia, vig�rio paroquial da Par�quia Nossa Senhora do Ros�rio, � qual est� vinculada a Igreja S�o Francisco, onde ocorrem as celebra��es religiosas em Sabar�. Ele lembrou que, antes do sepultamento de Jesus, foi feita a abertura numa rocha, e o ritual pode remeter a esse momento da hist�ria sagrada.
Pesquisador da hist�ria de Sabar�, Jos� Bouzas, residente no Centro Hist�rico, contou que a abertura come�ou no s�culo 19. "H� muitas vers�es para esse fato, mas nada de concreto. O certo mesmo � que nasceu da devo��o popular em Sabar�".
J� na parte da manh�, em BH, na Catedral Cristo Rei, o arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo presidiu a Missa da Unidade, com a participa��o de 400 padres. "O cora��o da Igreja est� ferido", disse o arcebispo sobre o ataque a uma creche em Blumenau (SC).
COSTUMES
Um costume se mant�m em Sabar� na quinta-feira: a troca de moedas. Num prato aos p�s do esquife do Senhor Morto, o fiel deixa uma pratinha e pega outra. "A gente passa na m�o de Jesus e pede que n�o nos falte nada durante o ano, principalmente o alimento", disse a ministra da Eucaristia Ant�nia Terezinha Lima dos Santos.
Um costume se mant�m em Sabar� na quinta-feira: a troca de moedas. Num prato aos p�s do esquife do Senhor Morto, o fiel deixa uma pratinha e pega outra. "A gente passa na m�o de Jesus e pede que n�o nos falte nada durante o ano, principalmente o alimento", disse a ministra da Eucaristia Ant�nia Terezinha Lima dos Santos.
Logo depois do ritual do santo Sepulcro, teve in�cio a vig�lia, que ir� at� a encena��o (18h) da Paix�o de Cristo e da prociss�o, hoje, Sexta-feira da Paix�o. No altar, ficam 12 homens, seis de cada lado, com coletes roxos, que se revezam de hora em hora.
PROMESSA
De fam�lia muito cat�lica, Luana Fernanda Dantas, t�cnica de enfermagem, levou o filho de apenas um m�s, Jo�o Lucas, para ficar bem perto de Jesus. Como os demais, ela se ajoelhou. "Vim pagar uma promessa. Meu filho � um milagre", confessou Luana, com alegria. Ela soube que estava gr�vida pouco antes de o beb� nascer. "Tive menstrua��o normal, n�o tive enjoos nem passei mal. Joguei v�lei, carreguei peso, sem qualquer sintoma. O parto foi normal induzido, um milagre mesmo", relatou a m�e-solo, ajoelhada diante da imagem barroca.
De fam�lia muito cat�lica, Luana Fernanda Dantas, t�cnica de enfermagem, levou o filho de apenas um m�s, Jo�o Lucas, para ficar bem perto de Jesus. Como os demais, ela se ajoelhou. "Vim pagar uma promessa. Meu filho � um milagre", confessou Luana, com alegria. Ela soube que estava gr�vida pouco antes de o beb� nascer. "Tive menstrua��o normal, n�o tive enjoos nem passei mal. Joguei v�lei, carreguei peso, sem qualquer sintoma. O parto foi normal induzido, um milagre mesmo", relatou a m�e-solo, ajoelhada diante da imagem barroca.
A aposentada Arlene Gabriela Valadares Neves disse que a abertura do sepulcro na quinta- feira � um costume muito antigo, "de f� e tradi��o". Ao lado, Vanilde Aparecida Aristeu, de 64 anos, lembrou que vai � cerim�nia h� seis d�cadas. "Passa de gera��o em gera��o e fortalece nossa f�."
VERS�O
Uma das explica��es para o fato t�o inusitado � que, nos tempos coloniais, a vila tinha muitos escravos. Diz a hist�ria que eles trabalhavam na sexta-feira santa para tirar leite e, portanto, preferiam iniciar a vig�lia e fazer a abertura do sepulcro na v�spera.
Uma das explica��es para o fato t�o inusitado � que, nos tempos coloniais, a vila tinha muitos escravos. Diz a hist�ria que eles trabalhavam na sexta-feira santa para tirar leite e, portanto, preferiam iniciar a vig�lia e fazer a abertura do sepulcro na v�spera.
Missa da Unidade re�ne 400 padres na Cristo Rei
As solenidades do tr�duo pascal da Semana Santa come�aram, nesta quinta, com a tradicional Missa da Unidade, na Catedral Cristo Rei, em constru��o no Bairro Juliana, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Presidindo a celebra��o, o arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo falou sobre o ataque a uma creche em Blumenau (SC), com o assassinato de quatro crian�as a golpes de machadinha. "O cora��o da Igreja est� ferido. S�o crian�as e fam�lias v�timas da viol�ncia, pessoas que deveriam ser amadas e n�o alvo de agress�o", afirmou o arcebispo, que � presidente da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Como mensagem para o domingo de P�scoa, dom Walmor destacou que s� o amor a Deus e aos semelhantes e o compromisso com os pobres e sofredores podem curar o mundo e vencer desafios e dificuldades."
Para a celebra��o da Missa da Unidade, estiveram presentes na Catedral cerca de 400 padres da Arquidiocese de Belo Horizonte, os quais renovaram seus votos de servi�o � Igreja, e mais dois fi�is de cada comunidade de f�. As m�sicas da celebra��o, algumas em latim, foram entoadas pelo coral de seminaristas da Arquidiocese de BH, sob a reg�ncia do padre Higo Dias.
Com 41 anos de vida sacerdotal, o padre Jos� Geraldo Sobreira, titular da Par�quia Nossa Senhora do Ros�rio, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, disse estar feliz com a renova��o dos votos e o fortalecimento do servi�o na Igreja.
SANTOS �LEOS
Um momento especial da Missa da Unidade foi a b�n��o, pelo arcebispo, dos �leos que ser�o partilhados com todas as par�quias da Arquidiocese de BH para as celebra��es dos sacramentos: batismo, crisma e un��o dos Enfermos. Segundo a Arquidiocese, foram aben�oados 70 litros de �leo de oliva. Durante a missa, os fi�is das comunidades de F� reafirmaram a devo��o. "Gosto de participar desta comunh�o, das cerim�nias da Semana Santa", disse a artes� Isabel Cristina Henrique de Carvalho, de Contagem.
Um momento especial da Missa da Unidade foi a b�n��o, pelo arcebispo, dos �leos que ser�o partilhados com todas as par�quias da Arquidiocese de BH para as celebra��es dos sacramentos: batismo, crisma e un��o dos Enfermos. Segundo a Arquidiocese, foram aben�oados 70 litros de �leo de oliva. Durante a missa, os fi�is das comunidades de F� reafirmaram a devo��o. "Gosto de participar desta comunh�o, das cerim�nias da Semana Santa", disse a artes� Isabel Cristina Henrique de Carvalho, de Contagem.
LAVA-P�S
Tamb�m nesta quinta, na catedral, houve a missa com o rito de lava-p�s, presidida por dom Walmor. Na noite de quinta-feira, a Igreja rememora a �ltima ceia de Jesus, quando Cristo lava o p� de seus disc�pulos, indicando o caminho do servi�o e da humildade. Na �ltima ceia, ao partilhar o p�o e o vinho, Jesus tamb�m institui o sacramento da Eucaristia, a sua presen�a no p�o e vinho consagrados. A catedral fica na Rua Campo Verde, 165, Bairro Juliana, Regi�o Norte de BH.
Tamb�m nesta quinta, na catedral, houve a missa com o rito de lava-p�s, presidida por dom Walmor. Na noite de quinta-feira, a Igreja rememora a �ltima ceia de Jesus, quando Cristo lava o p� de seus disc�pulos, indicando o caminho do servi�o e da humildade. Na �ltima ceia, ao partilhar o p�o e o vinho, Jesus tamb�m institui o sacramento da Eucaristia, a sua presen�a no p�o e vinho consagrados. A catedral fica na Rua Campo Verde, 165, Bairro Juliana, Regi�o Norte de BH.