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Estado de Minas Meio ambiente

Polui��o sufoca Rio Itapecerica


14/05/2023 04:00 - atualizado 14/05/2023 00:38

Rio Itapecerica
Rio Par� recebe polui��o de afluentes como o Rio Itapecerica, com oxigena��o abaixo da recomendada (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

�guas que inspiram cuidados, demandam aten��o urgente e exigem a��es efetivas para garantir a qualidade. Os primeiros resultados da expedi��o “Esse rio � meu”, organizada pelo Comit� de Bacia Hidrogr�fica do Rio Par� e acompanhada pela equipe de reportagem do Estado de Minas, atestam a presen�a de esgoto sanit�rio no Rio Itapecerica, que banha Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais.

Segundo ambientalistas, a an�lise de amostras revelou que a oxigena��o do Rio Itapecerica est� abaixo do recomendado pela resolu��o do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 357, a qual determina que o �ndice de um rio de �gua doce n�o pode ser inferior ao �ndice 6. No caso do Rio Itapecerica, o n�vel demonstrado � 3,9, bem inferior, portanto, ao recomendado. Al�m disso, a an�lise para a presen�a de coliformes totais termotolerantes deu positivo, comprometendo a qualidade da �gua, o consumo e a vida aqu�tica presente nele.

A expedi��o, que chegou na sexta ao quinto dia (final da primeira semana), j� percorreu cinco cidades e rodou mais de 400 quil�metros, em permanente articula��o com diversas frentes. O destino foi Divin�polis, maior munic�pio da Bacia Hidrogr�fica do Rio Par�, que � o quarto maior afluente mineiro do Rio S�o Francisco, ficando atr�s do Velhas, Paracatu e Paraopeba. 

An�lises 

Na Pra�a Candid�s, � beira do Rio Itapecerica, em Divin�polis, integrantes do Comit� de Bacia Hidrogr�fica do Rio Par� demonstraram preocupa��o com a situa��o do curso d’�gua. O professor da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Adriano Guimar�es Parreira, que analisou as amostras juntamente com o ambientalista Jairo Gomes Viana, explicou os dois m�todos usados: “O primeiro � uma an�lise microbiol�gica, na qual se identifica a presen�a de coliformes totais termotolerantes, enquanto o segundo calcula a medi��o de concentra��o de oxig�nio dissolvido na �gua.

O resultado destaca a necessidade de se realizarem a��es eficazes e urgentes para o Rio Itapecerica. De acordo com o professor Adriano Parreira, as a��es desenvolvidas pelo Comit� da Bacia Hidrogr�fica, sobretudo a expedi��o Esse Rio � Meu, d�o maior visibilidade a grande parte da popula��o, que, �s vezes, fica sem informa��es e dados. “Dessa forma, os habitantes se sentes instigados a cobrar, do poder p�blico, a��es e interven��es que ir�o melhorar a qualidade da �gua”.

Expedi��o 

Desde 8 de maio, o Estado Minas acompanha a expedi��o “Esse rio � meu”, organizada pelo Comit� de Bacia Hidrogr�fica do Rio Par� e criada para, da nascente � foz, lutar pela conserva��o das �guas e resgatar, na popula��o ribeirinha, o sentimento de pertencimento do manancial. Ao longo do Rio Par� vivem cerca de 900 mil pessoas, afora os que habitam as margens dos afluentes.

Em entrevista ao rep�rter  Mateus Parreiras, o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio Par�, Jos� Hermano Oliveira Franco, afirmou que as pessoas estavam se desligando do Rio Par�, o que impede a��es mais coordenadas: “Ningu�m sabia onde eram a nascente e a foz. Precisamos que as comunidades voltem a olhar o rio como parte delas.” Na avali��o do presidente, o governo do estado pode ajudar com investimentos, conhecimento e fiscaliza��o, “cabendo igualmente aos munic�pios essa responsabilidade”.


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