Idosas que morreram em casa de repouso na Pampulha teriam passado mal

Duas idosas morreram na manh� desta quarta-feira (30/8) em uma casa de repouso no Bairro Bra�nas, na Regi�o da Pampulha, em Belo Horizonte. Elas teriam come�ado a passar mal, e n�o resistiram. O Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia chegou a ser acionado. Os corpos foram encaminhados para o Instituto M�dico Legal (IML). Elas tinham 76 e 91 anos. 

Apesar de as mortes terem acontecido em hor�rios muito pr�ximos uma da outra, conforme a administra��o do local, elas n�o tiveram rela��o. Em entrevista ao Estado de Minas, Rayssa Guimar�es de Oliveira, enfermeira e respons�vel t�cnica da institui��o, explicou que uma das h�spedes j� acordou passando mal e, logo ap�s, uma das cuidadoras percebeu que outra idosa tamb�m n�o estava bem. 

“Elas acordaram bem. Uma delas estava um pouco gripada, mas estava bem. Elas tomaram caf� da manh� e a pr�xima refei��o era um suco, e elas tomaram. Mas entre o hor�rio do banho e de lev�-los para tomar sol, uma come�ou a passar mal. N�s acionamos o Samu e, quando a cuidadora foi olhar como estavam os outros idosos, ela percebeu que a outra n�o estava bem tamb�m”, relata Rayssa. 

A institui��o, por orienta��o da m�dica que trabalha no local, e do plano de sa�de de uma das idosas, acionou a per�cia da Pol�cia Civil, para que os corpos fossem encaminhados para o IML. 

“A gente acionou o Samu, e enquanto eles ainda estavam aqui a outra idosa faleceu. Eles n�o quiseram atestar o �bito, nisso n�s ligamos para o plano de sa�de de uma delas e explicamos a situa��o. Eles nos informaram que isso era de praxe e recomendaram que a gente acionasse a per�cia, para respaldar a institui��o e as fam�lias. E foi o que n�s fizemos”, explica Rayssa. 

Rayssa afirma que ao longo de todos os procedimentos realizados, familiares das duas mulheres estavam presentes. Ainda de acordo com ela, apesar de toda a burocracia que o encaminhamento para o IML geraria, os parentes concordaram com a decis�o da institui��o. 

“Elas estavam bem, nas condi��es de cada uma. As fam�lias vieram nos visitar no fim de semana. Gra�as a Deus n�s temos um conv�vio muito bom com eles, n�s temos uma comunica��o boa. Os parentes agradeceram, falaram que por eles n�o tinham d�vida nenhuma que elas foram bem cuidadas”, desabafa. 

A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para saber o motivo da equipe m�dica n�o ter atestado o �bito das mulheres. Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, o Samu n�o emite declara��es de �bito em mortes por causas externas, como traumas ou acidente, nem em situa��es que n�o seja poss�vel constatar as causas cl�nicas. “Nesses casos, as ocorr�ncias ficam sob responsabilidade do Instituto M�dico Legal”, afirmou a pasta.