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Estado de Minas PERIGO

Minas registra 130 ataques e captura 1.716 c�es no ano

Beb� foi morto e 2 adultos feridos por pitbull na semana. Casos exigem aten��o de tutores


07/10/2023 04:00 - atualizado 07/10/2023 09:31
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Pitbull em residência de Belo Horizonte: Segundo especialista, comportamento dos cães está atrelado também à sua criação
Pitbull em resid�ncia de Belo Horizonte: Segundo especialista, comportamento dos c�es est� atrelado tamb�m � sua cria��o (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press - 20/1/11 )

Dois ataques de c�es da ra�a pitbull nesta semana, em Belo Horizonte, provocaram a morte de um beb� de 1 ano e 7 meses e deixaram uma mulher de 25 anos e um agente da Guarda Municipal feridos. Em 2022, foram registrados 170 ataques e 1.997 c�es terminaram capturados, em Minas Gerais, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Em 2023, at� setembro, foram 130 ataques e 1.716 animais apreendidos. No caso envolvendo o guarda municipal, o c�o estava solto e sem focinheira em local p�blico, o que fere leis municipal e estadual sobre o tema. Para especialista, agressividade n�o pode ser associada a uma ra�a espec�fica, mas tutores devem estar atentos n�o apenas �s normas, mas ao comportamento de seus c�es, e � inadequado deixar crian�as brincarem com c�es como o pitbull que matou o beb� nesta semana.

Entre 2020 e 2023, 592 pessoas no estado foram atacadas por c�es, a maioria (184) na �rea do 2º Comando Operacional de Bombeiros, que atende os munic�pios de Uberl�ndia, Uberaba, Patos de Minas, Araguari e Arax�. Em seguida, vem o 6º Comando, que cobre Varginha, Po�os de Caldas, Alfenas, Lavras, Passos e Pouso Alegre, com 144 ataques e o 1º Comando, respons�vel pelos munic�pios da Regi�o Metropolitana de BH, com 136.
Na quarta-feira (4/10), um agente da Guarda Municipal de BH foi atacado por um pitbull dentro do Parque Municipal Professor Am�lcar Vianna Martins, no Bairro Cruzeiro, na Regi�o Centro-Sul da capital. Para se defender, o agente precisou atirar no animal. O tiro pegou de rasp�o e o c�o passa bem.
 
De acordo com a Guarda Civil, o agente se exercitava no parque ainda fechado quando foi atacado. Por volta das 6h, a tutora de quatro cachorros soltou os animais, como mostram imagens da c�mera de seguran�a, e se sentou na cal�ada.
 
Atacado, o servidor atirou no animal, que foi socorrido por equipe do Departamento de Meio Ambiente da Guarda Municipal. Em nota, a corpora��o destacou que os tutores de c�es da ra�a pitbull s�o obrigados a manter os animais com focinheira e coleira, conforme determina a Lei Municipal. A tutora foi encaminhada para a Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal (DEAJC) para registro de ocorr�ncia por omiss�o de cautela.
 
No mesmo dia, um beb� de 1 ano  e 7 meses morreu depois de ser atacado por um cachorro da mesma ra�a, no Bairro Parque do Cedro, em Betim, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. A tia da crian�a, de 25 anos, que estava com a crian�a no colo, tamb�m foi ferida. De acordo com a Pol�cia Militar, o animal, e outro que estava no local pertencem � mulher atacada e ao marido dela, preso por homic�dio culposo, mas agora est� em liberdade provis�ria. 
 
Segundo o boletim de ocorr�ncia, os militares encontraram a menina no ch�o, com muito sangue pelo corpo, mas ainda com vida. Ainda bem agressivo, um dos cachorros rodeava e rosnava para a v�tima. Para impedir que houvesse um novo ataque, os militares atiraram contra o pitbull. Tia e sobrinha foram encaminhadas para uma Unidade de Pronto Atendimento Vargem das Flores, em Contagem, tamb�m na Grande BH. O beb� n�o resistiu. A mulher teve que ser atendida pelo cirurgi�o da UPA. 
 
Na tarde de ontem, o Centro de Controle de Zoonoses e Endemias de Betim (CCZE) recolheu a carca�a do animal morto e do c�o vivo, que foi encaminhado para o canil da unidade. Segundo a Prefeitura de Betim, na segunda-feira (9/10),  amostras do cad�ver e do c�o vivo ser�o enviadas para o laborat�rio de refer�ncia da Prefeitura de Belo Horizonte para an�lise de poss�veis doen�as, como raiva e/ou de leishmaniose, ligadas a comportamento agressivo. 
 
O professor do curso de veterin�ria do UniBH, Aldair Pinto, diz que n�o se pode associar agressividade com uma ra�a espec�fica, j� que gen�tica e meio contribuem par as caracter�sticas do animal. “ Existem pitbulls extremamente d�ceis, n�o agressivos”, afirma.
 
Para ele, cachorros de qualquer ra�a podem atacar pessoas. “O pinscher � medroso e  pode, por ser menor, atacar muito mais f�cil do que um pitbull. A diferen�a est� na for�a e no tamanho, al�m de como esse animal se porta quando � agressivo.”

“Um animal avan�a por diversas raz�es e at� sem motivos. Animal defende a comida, domin�ncia, hierarquia. Como n�o sabemos o que aconteceu nesses casos, n�o tem como julgar”, diz Aldair, que atendeu o c�o que atacou o guarda no parque de BH. “Consegui manipul�-lo, estancar a hemorragia, fazer o raio-X e todos os
procedimentos com ele abanando o rabo. Mas tamb�m n�o fiz nada naquele momento que o levasse a ter medo de mim”, afirma.
 
Em rela��o ao caso do beb�, o veterin�rio aponta que � inadequado deixar uma crian�a pequena brincar com animais como o que a atacou. “A crian�a de 2 anos n�o consegue entender a diferen�a de aperto e carinho. Pode pegar na orelha, pelos ou colocar a m�o na vasilha da comida ou na boca do cachorro”, o que pode provocar rea��es.
 
O veterin�rio destaca que as pessoas n�o devem humanizar os animais. O reflexo do cachorro quando se sente amea�ado � morder e rosnar, lembra.

FOCINHEIRA OBRIGAT�RIA 

Desde 13 de julho de 2001, a Lei Municipal Nº 8.198  obriga tutores de c�es da ra�a pitbull a manter os animais com focinheira e presos em coleira com guia quando est�o em espa�o p�blico. A Lei Estadual Nº 16.301, de 7 de agosto de 2006, determina que c�es  pitbull, doberman, rottweiler e outros de porte f�sico e for�a semelhantes, com mais de 120 dias de vida, utilizem equipamentos de conten��o em via p�blica e no transporte.

592: total de v�timas de c�es no estado desde 2020 


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