A variante �micron altamente transmiss�vel agora � respons�vel por metade das infec��es por covid-19 no mundo. Mas a �micron � um termo abrangente para v�rias linhagens intimamente relacionadas ao SARS-Cov-2, sendo a mais comum a linhagem BA.1.
Agora, mais pa�ses, principalmente na �sia e na Europa, est�o registrando um aumento de casos causados pela BA.2.
O Minist�rio da Sa�de tamb�m j� confirmou casos de infec��o pela linhagem BA.2 no Brasil.
A BA.2 �s vezes � chamada de subvariante "furtiva", porque n�o possui o marcador gen�tico que os pesquisadores estavam usando para identificar rapidamente se uma infec��o era um caso de �micron "regular" (BA.1 ) ou de delta.
Tal como acontece com outras variantes, uma infec��o por BA.2 pode ser detectada por testes PCR e ant�geno, mas eles s� indicam se o caso � positivo ou negativo para covid - n�o conseguem distinguir as variantes. Para isso, s�o necess�rias mais verifica��es.
A BA-2 parece ser mais transmiss�vel do que as variantes anteriores, mas, felizmente, nenhum dado at� o momento sugere que seja mais grave.
Ent�o, qu�o preocupados devemos estar com essa variante emergente? Confira o que sabemos sobre ela.

O que � a BA.2?
� medida que os v�rus se transformam em novas variantes, �s vezes eles se dividem ou se ramificam em sub-linhagens. A variante delta, por exemplo, � composta por 200 subvariantes diferentes.
O mesmo movimento ocorreu com a �micron, que inclui as linhagens BA.1, BA.2, BA.3 e B.1.1.529.
A BA.1 responde pela maioria dos casos. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), quase 99% do DNA viral submetido ao banco de dados global GISAID (em 25 de janeiro de 2022) foi sequenciado como essa subvariante.
N�o est� claro onde ela se originou, mas a BA.1 foi detectada pela primeira vez em novembro, em sequ�ncias carregadas no banco de dados das Filipinas.
Onde a BA.2 est� se espalhando?
Desde novembro, 40 pa�ses adicionaram milhares de sequ�ncias BA.2 aos seus bancos de dados.
Segundo a OMS, a subvariante j� est� se tornando dominante nas Filipinas, Nepal, Catar, �ndia e Dinamarca. Em alguns lugares, seu crescimento foi acentuado.
Segundo o Instituto Estatal Serum da Dinamarca, cerca de metade dos novos casos de covid-19 do pa�s � causada por BA.2.

A �ndia � outro pa�s onde BA.2 est� substituindo rapidamente as variantes delta e �micron BA.1, segundo levantamento conduzido pelo bi�logo molecular Bijaya Dhakal.
O Departamento de Sa�de das Filipinas (DOH, na sigla em ingl�s) disse que a sub-linhagem BA.2 j� era predominante nas amostras recebidas no final de janeiro.
E, na Inglaterra, mais de mil casos confirmados de BA.2 foram identificados, conforme a Ag�ncia de Seguran�a da Sa�de do Reino Unido (UKHSA, na sigla em ingl�s).
Ela foi designada como uma "variante sob investiga��o" pelas autoridades de sa�de brit�nicas, o que significa que eles a est�o acompanhando de perto, mas neste momento n�o est�o muito preocupados com ela.
As infec��es por BA.2 na Alemanha tamb�m est�o crescendo mais r�pido do que a BA.1 e a delta, de acordo com Meera Chand, diretora de covid-19 da UKHSA.
A BA.2 � mais transmiss�vel?
Um estudo com 8,5 mil fam�lias e 18 mil indiv�duos conduzido pelo Instituto Estatal Serum da Dinamarca descobriu que BA.2 era "significativamente" mais transmiss�vel do que BA.1. Ela infectou com mais facilidade indiv�duos vacinados e com doses de refor�o do que as variantes anteriores, segundo o estudo, embora as pessoas vacinadas tenham mostrado menos probabilidade de transmiti-la.
Outro estudo, do Reino Unido, tamb�m encontrou maior transmissibilidade para BA.2 em compara��o com BA.1.
Mas uma avalia��o preliminar n�o encontrou evid�ncias de que as vacinas seriam menos eficazes contra doen�as sintom�ticas para qualquer uma das subvariantes.

A BA.2 � mais perigosa?
N�o h� dados que sugiram que BA.2 leve a uma doen�a mais grave do que as subvariantes anteriores da �micron.
"Observando outros pa�ses onde a BA.2 est� agora ultrapassando a (BA.1), n�o estamos vendo nenhum aumento maior na hospitaliza��o do que o esperado", disse Boris Pavlin, da Equipe de Resposta � COVID-19 da OMS, na ter�a-feira (2/2).
Pavlin acrescentou que, mesmo que a BA.2 substitua a BA.1, isso pode ter pouco efeito na trajet�ria da pandemia e na forma de tratar as pessoas.
"� improv�vel que seu impacto seja substancial, embora sejam necess�rios mais dados", disse ele.
Assim como nas variantes anteriores, os especialistas acreditam que as vacinas continuar�o sendo altamente eficazes contra doen�as graves, hospitaliza��o e morte.
"A vacina��o oferece profunda prote��o contra casos graves, inclusive para a �micron", disse Pavlin.
Chand, do Reino Unido, acrescentou: "At� agora, n�o h� evid�ncias suficientes para determinar se a BA.2 causa uma doen�a mais grave do que a BA.1, mas os dados s�o limitados e a UKHSA continua investigando".
"Devemos permanecer vigilantes e tomar as vacinas. Todos devemos continuar a nos testar se sintomas aparecerem".
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