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Estado de Minas

Vacina��o na Amaz�nia profunda

N�o � poss�vel uma equipe de sa�de vacinar uma comunidade e retornar no dia ou na semana seguinte para vacinar uma outra faixa et�ria


28/04/2021 04:00

Virgilio Viana
Superintendente-geral da Funda��o Amaz�nia Sustent�vel (FAS); Ph.D em biologia por Harvard, foi secret�rio de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel do Amazonas de 2003 a 2008

A chegada da vacina��o representa a principal esperan�a para o enfrentamento da pandemia da COVID em todo o mundo. Para o contexto da Amaz�nia profunda, � necess�rio que seja feito um aprimoramento da atual estrat�gia de vacina��o nas comunidades ribeirinhas e aldeias ind�genas.
 
Uma das principais caracter�sticas dessas �reas � a grande dist�ncia em rela��o �s sedes municipais. Isso cria um desafio de log�stica e um custo adicional para o SUS, especialmente para as secretarias municipais de sa�de. Diante disso, a estrat�gia de vacina��o que est� sendo usada nas �reas urbanas n�o se adequa ao contexto da Amaz�nia profunda. N�o � poss�vel uma equipe de sa�de vacinar uma comunidade e retornar no dia ou na semana seguinte para vacinar uma outra faixa et�ria. O custo � proibitivo e isso tem dificultado o avan�o da vacina��o nessas �reas.
 
O Programa SUS na Floresta, articulado pela FAS e com apoio da Alian�a Covid Amaz�nia, tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento de pol�ticas p�blicas na �rea de sa�de em comunidades e aldeias. Esse programa tem um comit� ori- entador composto por profissionais de sa�de e pesquisadores, com a fun��o de oferecer as bases t�cnicas e cient�ficas para o seu desenvolvimento. O comit� orientador formulou uma s�rie de recomenda��es ao Programa Estadual de Imuniza��o do Amazonas e ao Programa Nacional de Imuniza��o, listadas a seguir:
 
1. Priorizar a imuniza��o de popula��es por territ�rio, e n�o por faixa et�ria – vacinando 100% pessoas das comunidades ribeirinhas, assim como vem sendo feito com as aldeias ind�genas;
 
2. Incluir o atendimento de outras necessidades de imuniza��o nessas localidades, como sarampo, febre amarela e demais, e aproveitar a log�stica da vacina��o da COVID para outras a��es de sa�de, contribuindo para o aumento da efici�ncia e efic�cia do SUS;
 
3. Fazer um esfor�o urgente em busca de aquisi��o e/ou doa��o de vacinas de dose �nica: isso aumentaria a efici�ncia da vacina��o;
 
4. Priorizar a vacina��o de ind�genas n�o aldeados nas �reas urbanas como parte dos grupos priorit�rios, uma vez que esses recepcionam seus parentes quando em visitas �s �reas urbanas e atualmente n�o atendidos pela Secretaria Especial de Sa�de Ind�gena (Sesai);
 
5. Iniciar a vacina��o pelas comunidades e aldeias mais distantes, como forma de recompensar as injusti�as hist�ricas que sofrem essa popula��o.
Considerando os fatores de log�stica, vulnerabilidade e hist�rico de injusti�as com rela��o aos povos ind�genas e comunidades ribeirinhas da Amaz�nia profunda, � essencial e urgente aprimorar tanto o Programa Estadual de Imuniza��o do Amazonas quanto o Programa Nacional de Imuniza��o.
 
Esperamos que essas recomenda��es sirvam para aumentar a velocidade, efici�ncia e efic�cia da vacina��o nesses territ�rios e, com isso, atenuar os impactos da pandemia sobre a sa�de dessas popula��es.


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