LGBTQIA+ e a discrimina��o no mercado de trabalho

Ainda que n�o haja dados oficiais, estima-se que 10% da popula��o brasileira seja formada por l�sbicas, gays, bissexuais, travestis, transg�neros e demais grupos. Al�m de viverem sob o medo da viol�ncia – de acordo com o relat�rio da Associa��o Internacional de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Transg�neros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Am�ricas de homic�dios de pessoas LGBTs e � o l�der em assassinato de pessoas trans no mundo –, essas pessoas tamb�m enfrentam um preconceito muito grande no mercado de trabalho.

De acordo com um levantamento produzido pela Gest�o Kair�s, consultoria em sustentabilidade e diversidade, no quadro geral das empresas, gays, l�sbicas e bissexuais representam apenas 6% do total de colaboradores. Ainda menos representativo, o n�mero de pessoas trans � de apenas 0,4%. Nas posi��es de lideran�a e nos cargos de ger�ncia, os �ndices caem para 1,21% e 0,8%, respectivamente.

Em 2020, no Censo da Diversidade que fizemos na Allonda, tivemos 8% dos respondentes se identificando como homossexuais, bissexuais ou assexuais, sendo que 2,5% do total deles ocupava um cargo de lideran�a. Esses n�meros nos colocam acima da m�dia de mercado, mas ainda s�o um verdadeiro retrato das dificuldades de representatividade da popula��o LGBTQIA+ no mundo corporativo.

Acompanhado do respeito que se deve ter por qualquer cidad�o, seja qual for sua etnia, religi�o ou orienta��o sexual, o entendimento de que a diversidade � um grande trunfo para qualquer companhia j� � um grande passo para reverter essa situa��o. Trata-se de inclus�o, sim, mas principalmente de dar oportunidade a profissionais tecnicamente capazes e que t�m outro  olhar sobre as coisas. Nos neg�cios, contar com diferentes experi�ncias e pontos de vista para uma mesma situa��o � enriquecedor e invariavelmente leva a movimentos inovadores. Na Allonda, o respeito �s diferen�as e � diversidade � algo extremamente valorizado.

Entendemos, de fato, que a pluralidade agrega valores � companhia, especialmente nas nossas tomadas de decis�es. Por isso, acreditamos que deva fazer parte de qualquer empresa, principalmente desde os cargos mais altos, o comprometimento cont�nuo com a promo��o dos direitos LGBTQIA , a igualdade na oferta de oportunidades, a constru��o de um ambiente que seja respeitoso, seguro e saud�vel, entre outras medidas.

N�o basta apenas serem simp�ticas � causa. Seja qual for o ramo, � preciso que as companhias despertem e impulsionem o movimento de mudan�a, pondo fim � discrimina��o, gerando oportunidades reais de contrata��o e reconhecimento profissional � popula��o LGBTQIA . Na engenharia, essa transforma��o j� come�ou!