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Estado de Minas

Centen�rio do engenheiro Caetano Lopes Neto


19/07/2021 04:00

Marcos Rocha Lopes
Engenheiro mec�nico

A passagem do centen�rio de nascimento do engenheiro Caetano Lopes Neto representa uma data importante no calend�rio sentimental de sua fam�lia e imp�e devida homenagem de sua esposa e descendentes a uma pessoa cuja vida profissional e privada constitui perfeito exemplo de dignidade e honradez.

Nascido a 26 de julho de 1921, em Belo Horizonte, era o nono dos 10 filhos do engenheiro Caetano Lopes J�nior e de Maria da Anuncia��o Magalh�es Lopes.

Iniciou os estudos em sua terra natal, tendo cursado o ensino prim�rio no Grupo Escolar Bar�o de Maca�bas, no Bairro Floresta, onde foi alfabetizado por uma de suas irm�s, que ali era professora. O ensino secund�rio foi cursado no Col�gio Arnaldo, bem como os preparat�rios para ingressar na Escola de Engenharia da UFMG.

Aluno distinto e dedicado, concluiu com brilhantismo o curso de engenharia civil em 1946 e passou a integrar o quadro de engenheiros da Companhia Nacional de Melhoramentos, primeira empreiteira de grande porte em Minas Gerais. Nessa empresa, atuou na constru��o de usinas hidrel�tricas para aproveitamento do potencial energ�tico do Rio Para�na, de 1947 a 1949.

Em 1950, transferiu-se para S�o Paulo, capital, onde trabalhou na estrada de ferro Santos – Jundia�. Em 31 de outubro desse ano, casou-se com Dulce Rocha Lopes, sua vizinha na antiga Avenida Tocantins, hoje Avenida Assis Chateaubriand. Desta uni�o, nasceram os seguintes filhos: Caetano Rocha Lopes, engenheiro civil, casado com F�tima Gontijo Lopes; Marcos Rocha Lopes, engenheiro mec�nico, casado com Maria Elizabeth Rocha Lopes; Celso Rocha Lopes, engenheiro civil, casado com Mabel Maria Luiza Diniz Kentish Lopes; Paulo Tarso Rocha Lopes, empres�rio, casado com Patr�cia de Britto Sapucaia Lopes; F�bio Rocha Lopes (j� falecido); Carlos Ant�nio Rocha Lopes, economista, casado com Leila T�taro Lopes. Sua descend�ncia inclui ainda 10 netos e 12 bisnetos.

Em 1955, mudou-se da cidade de S�o Paulo para Paranapiacaba (SP), ainda na estrada de ferro Santos – Jundia�, onde trabalhou executando servi�os de opera��o ferrovi�ria no trecho de transposi��o da Serra do Mar, utilizando pioneiramente no Brasil o sistema de cremalheiras e vag�es contrapeso para vencer os grandes desn�veis e inclina��es, muito superiores �quelas admiss�veis neste tipo de transporte.

Em 1957, regressou a Minas Gerais para trabalhar na Companhia Sider�rgica Belgo Mineira, residindo na cidade de Sabar�, distante poucos quil�metros da capital Belo Horizonte, onde permaneceu at� 1965.

Tendo por objetivo criar sua fam�lia na terra natal e no conv�vio de amigos e familiares, optou por permanecer na capital do estado a partir de ent�o, onde foi trabalhar, inicialmente, na Ermig – Eletrifica��es Rurais de Minas Gerais, antiga subsidi�ria da Cemig – Companhia Energ�tica de Minas Gerais. Esta subsidi�ria tinha por objetivo levar eletrifica��o a fazendas, s�tios e outras �reas rurais no interior do estado, at� ent�o sem acesso a estes servi�os. A partir desta �poca, dedicou sua carreira exclusivamente � engenharia el�trica, ramo que considerava, segundo suas aptid�es, o mais atraente dentre as variantes da engenharia.

Transferiu-se para a Companhia For�a e Luz de Belo Horizonte, em 1967, onde atuou com muita dedica��o nos servi�os de ilumina��o p�blica da capital mineira. Ap�s esta companhia ter sido encampada pela Cemig, passou a integrar o quadro de engenheiros daquela estatal, onde trabalhou nas �reas de distribui��o de energia, medi��es e religa��es dentre outras, tendo participado tamb�m do projeto de constru��o das redes el�tricas subterr�neas na �rea central de Belo Horizonte, servi�o que trouxe grandes benef�cios � popula��o e � vida cotidiana da capital.

Dedicou-se ainda ao magist�rio, como atividade supletiva, lecionando tecnologia mec�nica nos cursos de engenharia de opera��o e engenharia mec�nica da PUC Minas – Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais.

Sempre foi um pai extremado e marido amoroso, dedicado e preocupado com filhos e netos. Participante, orientava a todos com sua sabedoria e enorme perspic�cia para dirimir d�vidas e apontar os caminhos a serem seguidos. Com rela��o aos filhos, tinha o dom de liderar e educar pelo exemplo, bastando para isso que introduzisse em conversas casuais frases contendo grande sabedoria de li��es de vida. Dizia assim que, “problema que se resolve com dinheiro, n�o � problema”. Ou, numa formula��o quase matem�tica, comum � sua mente de engenheiro, “quando tiver um problema muito complexo pela frente, divida-o em partes e v� resolvendo uma parte de cada vez. Ent�o, quando resolver a �ltima parte, ter� resolvido o problema inteiro”.

Aposentou-se na Cemig em 1980. Cat�lico praticante e possuidor de uma cultura enciclop�dica, dedicou os anos de aposentadoria a aprimorar seus conhecimentos tecnol�gicos, religiosos, hist�rico-culturais e musicais, tendo inclusive participado de curso te�rico de m�sica para aprender a ler partitura musical, curiosidade que possu�a desde sua inf�ncia.

Esp�rito fervoroso, dedicou-se tamb�m a atividades de a��o cat�lica e, confortado por todos os sacramentos da igreja, faleceu no dia 11 de janeiro de 2000, deixando como legado aos seus descendentes a maior de todas as riquezas: o exemplo de uma vida edificada nos alicerces da dignidade e da honestidade.


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