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Estado de Minas artigo

JK, o estadista

JK nunca teve r�tulo de populista, sect�rio ou tend�ncias de esquerda ou de direita


04/12/2021 04:00



Serafim Melo Jardim
Presidente da Casa de Juscelino

Falar de Juscelino Kubitschek � falar do novo Brasil que ele idealizou e come�ou a construir. Falar de JK � proclamar que foi ele o grande respons�vel pela industrializa��o brasileira; o homem do Brasil grande, que com seu plano de metas mudou a face da na��o, criando as bases do amanh� feliz para o povo brasileiro.
 
 
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Com coragem, mas sem �dios ou receios, ele enfrentou as for�as mais diversas, com seu objetivo maior, servir ao Brasil. Mudou o conceito externo do Brasil e fez o povo brasileiro tomar consci�ncia de suas for�as e de suas imensas possibilidades. Ali�s, o grande m�rito do governo JK foi justamente o de transmitir � nossa gente esse sentimento de cren�a, de coragem, de sentir um Brasil t�o grande como qualquer outro povo, qualquer outra na��o.

A sua querida e saudosa filha M�rcia Kubitschek dizia: “Meu pai foi o senhor do tempo, ele era capaz de dar a cada dia todos os seus deveres. O dever do homem p�blico, o dever do amigo, o dever do chefe de fam�lia”.

Deus permitiu-me a honra de conviver com ele. Para mim, foi uma d�diva. Dele guardo as melhores recorda��es. Passei a estar ao seu lado a partir de 1967, quando voltou ao Brasil, depois do sofrido ex�lio. Fui escolhido por ele e durante nove anos estive ao seu lado, n�o como secret�rio particular (nome dado pelo meu saudoso amigo e jornalista Wilson Frade), mas como amigo leal das horas boas e m�s, como ele mesmo dizia na dedicat�ria do livro “Por que constru� Bras�lia”, datado de 17 de dezembro de 1975: “Ao meu querido Serafim, amigo de todas as horas, boas ou dif�ceis, companheiro que nunca hesitou, mesmo face ao perigo, em me cercar de apoio e solidariedade. O abra�o afetuoso de quem tem por voc�, mais do que uma amizade fraternal, admira��o pela beleza dos seus gestos e de suas atitudes. Cordialmente, Juscelino Kubitschek”.

Em outra dedicat�ria ele dizia: “A nossa amizade � uma velha tradi��o de fam�lia”. De fato, meu tio dom Serafim Gomes Jardim e meu pai, Jos� Geraldo Jardim Brand�o, foram leais amigos.

Com essas lembran�as de um passado feliz, venho dizer aos brasileiros que esse homem sofreu em sil�ncio para que o Brasil fosse feliz, como ele mesmo dizia: “� triste para o pa�s ver um seu antigo mandat�rio, quase 10 anos depois de findo seu governo, defender-se de l�beros embu�ados no segredo de um processo sigiloso. Cassaram-me o mandato eletivo e direitos p�blicos. Tiraram-me o foro especial de ex-presidente da Rep�blica. Fui obrigado a exilar-me e fui proscrito da vida pol�tica. Mais uma vez, agrade�o a Deus ter me poupado o sentimento do �dio. N�o tive como presidente, n�o tive agora, morrerei sem ele”.

Quero aqui lembrar uma dedicat�ria dada a JK pelo jornalista Sebasti�o Nery, que dizia que ele poderia caminhar tranquilo para a hist�ria, porque a cr�nica desses turvos tempos n�o ser� escrita por eles, mas por n�s. Eles passar�o o resto dos dias nadando em um oceano de pesadelos e remorsos, enquanto homens como JK dormir�o nos bra�os da paz, do povo e da hist�ria.

JK, preservo a sua mem�ria no pequeno espa�o que ocupa na sua terra natal, Diamantina, a sua casa, na Rua S�o Francisco, 241. Todo o vigor da sua vida como cidad�o democrata, homem p�blico e um dos maiores transformadores mundiais da hist�ria de seus pa�ses. Esse espa�o enorme que ocupa no cora��o dos brasileiros, tanto amigos como advers�rios, � proveniente de sua vida nessa casa da Rua S�o Francisco, 241 desde crian�a.

Teve a marca de a��o consciente, respons�vel, realizadora e principalmente transformadora, voltada para o desenvolvimento, primeiramente do seu estado de Minas Gerais e depois do nosso Brasil. Essas marcas est�o indel�veis em muitas realiza��es materiais e outras tantas de exemplos de coer�ncia: saber ouvir, conciliar, viver e praticar a democracia e ensinar fazendo.

JK acreditou sempre na realiza��o e no poder da decis�o, com coragem e desprendimento. Nunca teve r�tulo de populista, sect�rio ou tend�ncias de esquerda ou de direita. Ultrapassou tudo isso, pois nas suas diretrizes e metas colocava toda a na��o brasileira.

Aproveito para dizer aos mineiros e a todo Brasil o que a Casa de Juscelino est� vivendo. As limita��es e restri��es financeiras que venho passando em um processo vergonhoso tem semelhan�a com o final de vida do nosso grande presidente JK. S� Deus e JK t�m me dado for�a para continuar a luta.

Sempre acreditei na verdade e na justi�a. Vamos lutar ao lado da Casa de JK para honrar a mem�ria hist�rica desse grande brasileiro, felizmente j� reconhecido pelas novas gera��es deste Brasil que ele tanto amou.

Neste momento, nasce em mim o sentimento de cren�a e coragem.


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