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Estado de Minas

Empatia nas escolas e a conscientiza��o dos estudantes


31/07/2023 04:00
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Irm� Lucinalva de Jesus Souza
Respons�vel pela pastoral do col�gio Santa Marcelina - S�o Paulo

ilustração para artigo
(foto: Soraia Piva)


A promo��o da empatia nas escolas desempenha um papel crucial na forma��o de indiv�duos mais respeitosos e compassivos com as outras pessoas, permitindo-lhes desenvolver a capacidade de compreender e sentir as emo��es do outro de maneira objetiva e racional. Essas pr�ticas n�o apenas tornam os estudantes mais conscientes da humaniza��o, como tamb�m fortalecem os la�os entre os seres humanos, construindo, assim, uma sociedade mais solid�ria.

Nesse contexto, � crucial reconhecer a import�ncia das institui��es de ensino na transmiss�o de valores fundamentais para atingir estes objetivos. Ao longo de s�culos, essas organiza��es t�m sido capazes de ensinar a pr�tica da empatia, bem como a import�ncia do di�logo, da resolu��o de conflitos e da coopera��o. Al�m disso, t�m o poder de destacar o respeito pelos outros e pelos direitos humanos, promovendo o acolhimento e a valoriza��o da diversidade de indiv�duos, culturas e potencialidades, combatendo qualquer forma de preconceito.

Tais atitudes devem ser integradas de forma abrangente em todo o processo de aprendizagem escolar, envolvendo tamb�m o papel dos pais nessa jornada.

No processo educacional, o conhecimento adquirido apenas torna-se eficaz quando � aplicado na pr�tica. Portanto, � crucial que as institui��es de ensino promovam a sensibiliza��o, reconhecendo a espiritualidade como um elemento fundamental.

Acredita-se que a educa��o pode ocorrer a qualquer momento, lugar e idade. Mesmo com crian�as pequenas, � poss�vel apresentar gradualmente a import�ncia do cuidado uns com os outros. Assim, a pr�tica da empatia, do amor ao pr�ximo e outros valores tornam-se fundamentais para o crescimento emocional e pessoal de todo ser humano, sendo uma forma de respeitar a pr�pria exist�ncia, integrando todos os valores em uma �nica ess�ncia.

No mesmo sentido, ao discutir o papel das institui��es de ensino na promo��o de empatia, � essencial n�o perder de vista sua identidade e miss�o, visto que as mesmas devem ter clareza sobre sua fun��o social, n�o devendo ser vistas apenas como empresas preocupadas exclusivamente com a forma��o t�cnico-cient�fica do estudante. � necess�rio comprometer-se com uma educa��o que ultrapasse o desenvolvimento de habilidades cognitivas, buscando transformar o ambiente educacional em uma oportunidade de crescimento e promo��o de uma vida digna.

Em qualquer proposta pedag�gica, � imprescind�vel apontar caminhos e auxiliar os educandos na orienta��o de suas vidas. Al�m de proporcionar uma educa��o de qualidade, � essencial que a escola ofere�a viv�ncias pr�ticas, indo al�m de meras palavras. Conforme afirmava o Beato Luigi Biraghi, fundador do Instituto das Irm�s de Santa Marcelina, "educa-se mais por meio de exemplos do que por palavras".

Considerando este contexto, a fam�lia � o primeiro local onde os valores s�o aprendidos, a personalidade � desenvolvida e a din�mica de comunica��o e intera��o com a sociedade � compreendida. Portanto, o papel da fam�lia � essencial na constru��o de uma sociedade mais emp�tica, atuando em parceria com as escolas. Nesse sentido, os pais possuem a responsabilidade de inspirar seus filhos por meio de exemplos fortes e edificantes.

A partir dessa premissa, encontramos resson�ncia nos ensinamentos do Papa Francisco, quando afirma as "tr�s linguagens do amor concreto": a linguagem da mente, a linguagem do cora��o e a linguagem das a��es. O Papa enfatiza a import�ncia de haver harmonia entre essas tr�s linguagens, de modo que pensemos no que sentimos e fazemos, sintamos o que pensamos e fazemos, e realizemos o que sentimos e pensamos. Isso representa o concreto.

Nesse sentido, a pr�tica de iniciativas sociais, promovidas pelas escolas e incentivadas pelos pais, � uma maneira de integrar as tr�s formas de amor e permitir que os estudantes coloquem em pr�tica toda a empatia valorizada pela escola e incentivada pela fam�lia. Ao expandir as possibilidades e a capacidade de olhar para si, de considerar o pr�ximo e o mundo, com o objetivo de promover compromisso, acolhimento e cuidado, � poss�vel crescer como pessoa e valorizar essas dimens�es com zelo. Isso, por sua vez, beneficia, sobretudo, a n�s mesmos.

Al�m disso, � importante oferecer oportunidades para exercer a solidariedade, como visitas e aux�lio a pessoas necessitadas em creches, asilos e hospitais, incentivando campanhas de doa��o com base nas demandas apresentadas por essas institui��es. A realiza��o de palestras e forma��es sobre alteridade e empatia, adequadas a todas as faixas et�rias, juntamente com a promo��o de atitudes conscientes de cuidado com o meio ambiente, s�o tamb�m aspectos relevantes a serem considerados pelas fam�lias e institui��es de ensino.

Ao despertar sentimentos de gratid�o, empatia e generosidade, � poss�vel encontrar um equil�brio, resultando em bem-estar e proporcionando um maior sentido de vida, autorrealiza��o e felicidade. Essa troca de sentimentos e a��es cria um ambiente respeitoso e harmonioso, onde os indiv�duos s�o saud�veis emocionalmente, capazes de compreender o ponto de vista e as a��es do outro, al�m de gerenciarem a si mesmos e cuidarem do mundo, contribuindo para torn�-lo um lugar ainda melhor.

Pessoas emp�ticas s�o capazes de adotar uma mudan�a de perspectiva em rela��o ao planeta, enxergando-o como sua casa comum e valorizando tanto seu Criador quanto cada ser que nele habita. Essa vis�o, que pode ser desenvolvida a partir da promo��o da empatia nas escolas, oportuniza um maior cuidado e responsabilidade, impulsionando os direitos e a justi�a para todos.


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