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Estado de Minas EDITORIAL

O brasileiro precisa dormir melhor


15/08/2022 04:00

Se n�o � a infla��o, � a pandemia. Se n�o � a alta da carne, � o desemprego batendo � porta. Se n�o � o pre�o da cesta b�sica, � o estresse do tr�nsito nas grandes e m�dias cidades. Se n�o � a fome de parte da popula��o, � a var�ola dos macacos. � poss�vel encostar a cabe�a no travesseiro e simplesmente dormir?

N�o � novidade que o brasileiro dorme muito mal h� um tempo. Atualmente, s�o 73 milh�es de pessoas com ins�nia, o que corresponde a um ter�o da popula��o, de acordo com a Associa��o Brasileira do Sono (ABS). E a pandemia certamente contribuiu para piorar a situa��o. Um novo estudo divulgado pelos cientistas da Universidade de S�o Paulo (USP) e da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp) mostra que 65,5% dos brasileiros relatam problemas relacionados ao sono.

Entre os mais afetados est�o as mulheres – que correspondem a um ter�o dos casos –, registro que se repete ao longo dos anos, talvez por serem mais “respons�veis” e preocupadas com as adversidades da vida, dizem alguns especialistas.

Outro grupo que tem h�bitos pouco saud�veis de sono s�o os adeptos das redes sociais, not�vagos por natureza, que n�o se desgrudam de seus celulares nem mesmo na hora de dormir. N�o se sabe se h� alguma rela��o com a pandemia, mas � fato que o estudo mostrou um aumento de dist�rbios de sono entre os jovens, contrariando o perfil dessa faixa et�ria, que geralmente costuma dedicar v�rias horas ao h�bito.

A ins�nia lidera o ranking dos dist�rbios do sono, mas h� ainda transtornos como apneia, s�ndrome das pernas inquietas e narcolepsia (sonol�ncia diurna em excesso).

O sono ruim do brasileiro tamb�m tem rela��o com outros fatores, como ansiedade (somos o pa�s mais ansioso do mundo), depress�o, ambiente com barulho, colch�o de m� qualidade, problemas financeiros e estilo de vida.

Na semana passada, noticiamos que a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) deve liberar o medicamento considerado “o melhor rem�dio” para combater a ins�nia. Em an�lise no Brasil, ele foi aprovado em 2019 pela Food and Drugs Administration (FDA), ag�ncia reguladora dos Estados Unidos.

O lemborexant � apontado como o melhor em efic�cia, tolerabilidade e aceitabilidade entre 36 medicamentos e deve chegar �s prateleiras das farm�cias do pa�s em 2023, produzido pela farmac�utica japonesa Eisai.

A novidade � que ele age por uma via diferente no c�rebro, com direcionamento mais seletivo, com melhores resultados contra a ins�nia. Embora seja uma esperan�a para os not�vagos de plant�o, � uma solu��o medicamentosa e, como qualquer rem�dio, tem efeitos colaterais, alguns adversos.

A verdade � que a maioria dos brasileiros n�o d� muita import�ncia ao sono. Al�m disso, o n�mero de pessoas com quadro de obesidade cresce a cada dia e, com ela, as apneias obstrutivas do sono e o ronco – transtornos que interferem diretamente na redu��o da expectativa de vida e no aumento de risco para desfechos metab�licos e cardiovasculares.

O fato � que o brasileiro precisa dormir. E isso passa, necessariamente por uma mudan�a no estilo de vida.


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