Viviane Angelina de Souza
Secret�ria da nova gest�o da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR)
O m�s de outubro apresenta datas importantes para conscientiza��o em rela��o �s mais de 200 doen�as reum�ticas e o m�s de novembro, em rela��o � tuberculose. Afinal, a tuberculose � uma das doen�as infecciosas mais conhecidas na hist�ria da humanidade. A patologia � causada pelo bacilo de Koch, desencadeando graves problemas pulmonares, que, quando n�o tratados, acometem outros �rg�os e partes do corpo, como c�rebro e ossos, sendo ent�o denominada de tuberculose extra pulmonar. O Minist�rio da Sa�de registrou a incid�ncia de 68.271 novos casos de tuberculose em 2021, sendo que os homens de 25 a 40 anos s�o os mais afetados. Cerca de ¼ da popula��o mundial tem diagn�stico de ILTB.
Quem � portador de doen�a reum�tica, por exemplo, pelo uso de medicamentos imunossupressores e por condi��es associadas � pr�pria doen�a de base, est� mais suscet�vel a desenvolver infec��o por tuberculose. Os sintomas s�o tosse seca e prolongada, febre, escarros com sangue, fadiga e emagrecimento.
O tratamento requer o uso de medicamentos. Geralmente, nas ocorr�ncias de ILTB podem ser indicados a isoniazida, a rifampicina e a rifapentina. J� nos casos ativos a recomenda��o � combinar antibi�ticos, durante um per�odo de tempo, que varia conforme a medica��o utilizada, de tr�s a nove meses.
Vale alertar que algumas medica��es para tratar reumatismo podem aumentar o risco de tuberculose ativa, como a terapia biol�gica, principalmente, os inibidores do TNF-ALFA, tornando a infec��o por tuberculose latente em um quadro ativo. Antes do in�cio dessas medica��es, � recomend�vel testar para o diagn�stico de ILTB.
A tuberculose pode estar em estado inativo, a chamada infec��o por tuberculose latente (ILTB), em que as bact�rias permanecem no organismo sem manifestar sintomas. A identifica��o da patologia ocorre atrav�s do teste tubercul�nico, tamb�m conhecido como PPD ou ensaios de libera��o de interferon gama (IGRA). Em quadros de tuberculose ativa, com a presen�a dos sintomas, destacadamente respirat�rios, o diagn�stico � feito por meio de baciloscopia,radiografia do t�rax e outros exames laboratoriais.
O sistema p�blico brasileiro de sa�de disp�e de vacina contra a tuberculose, a BCG, aplicada logo ap�s o nascimento. Contudo, alguns grupos est�o mais sujeitos ao desenvolvimento dessa doen�a, como os imunodeprimidos, pacientes convivendo com HIV, pessoas com doen�as reum�ticas e indiv�duos em situa��o de vulnerabilidade socioecon�mica.
O diagn�stico deve ser feito o quanto antes para garantir um in�cio de tratamento adequado e r�pido. A a��o previne o agravamento dos casos e, consequentemente, diminui as taxas de mortalidade. Felizmente, os tratamentos para ILTB e tuberculose ativa s�o gratuitos no Sistema �nico de Sa�de (SUS) e s�o de suma import�ncia, n�o devendo ser interrompidos para proporcionar plena efic�cia no controle da infec��o.