Wanderson R. Monteiro
S�o Sebasti�o do Anta – MG
“A educa��o sempre aparece entre os primeiros lugares nas preocupa��es de todos os governos e da maioria da popula��o. Todos sabem a import�ncia que a educa��o tem, e como ela � negligenciada. Se, no contexto geral, pode-se notar tal neglig�ncia, imaginem, ent�o, o tamanho do descaso para com a educa��o especial e a educa��o inclusiva! No �ltimo censo demogr�fico feito pelo IBGE, em 2010, 45,6 milh�es de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de defici�ncia, seja visual, auditiva, motora ou mental/intelectual. Apesar de representar 23,9% da popula��o brasileira em 2010, essas pessoas n�o vivem em uma sociedade adaptada, o que, consequentemente, se reflete na educa��o. A proposta da educa��o inclusiva sugere a integra��o das pessoas com necessidades educacionais especiais (NEE) na rede regular de ensino. A Constitui��o Federal de 1988, em seu artigo 208, estabelece a integra��o escolar enquanto preceito constitucional, preconizando o atendimento aos indiv�duos que apresentam defici�ncia. Em dezembro de 1996, foi publicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o Nacional (Lei 9.394/96), trazendo pontos importantes, como a ideia de melhoria da qualidade dos servi�os educacionais para os alunos e a necessidade de o professor estar preparado e com recursos adequados de forma a compreender e atender � diversidade dos alunos. O cap�tulo 5 dessa lei, no artigo 58, diz que, quando necess�rio, deve haver servi�os de apoio especializado. � importante distinguir educa��o inclusiva e educa��o integrada, pois muitos confundem as duas. A educa��o integrada aceita os alunos com defici�ncia, faz algumas altera��es na arquitetura escolar e na aten��o a esses alunos, mas n�o modifica seus m�todos de ensino, fazendo com que seja necess�rio que os alunos com NEE se adaptem �s formas de ensino propostas. Na educa��o inclusiva, prop�em-se novas modalidades de ensino, com o desenvolvimento de curr�culos diferenciados e avalia��es distintas, tornando a escola mais apta a atender todos os alunos. Muitos agentes educacionais, por n�o conhecer a proposta de educa��o inclusiva, ou, por comodismo ou neglig�ncia, acabam impedindo uma educa��o inclusiva eficaz, negando ao aluno o acesso � educa��o, que lhe � garantido por lei. O que n�s – como sociedade, como cidad�os, como pais, como agentes educacionais etc.–, que sempre reclamamos da educa��o, temos feito em rela��o � educa��o inclusiva? Ser� necess�rio muito interesse, empenho e conhecimento para poder romper com a barreira da neglig�ncia, do descaso, do preconceito e da exclus�o.”