
Unir desenvolvimento econ�mico e responsabilidade ambiental s�o premissas do projeto de opera��o da Mina V�rzea do Lopes, da Gerdau, na Serra da Moeda, em Minas Gerais. Por isso, uma das maiores preocupa��es para a manuten��o do projeto � com os recursos h�dricos.
Importantes especialistas que conhecem tecnicamente a regi�o e a atividade de minera��o confirmam que os mananciais h�dricos da regi�o da Serra da Moeda n�o ser�o afetados pelo plano de continuidade proposto pela Gerdau, empresa respons�vel pelas opera��es e focada em projetos que promovam desenvolvimento sustent�vel.
Antes da abertura da mina, foram realizados muitos estudos e monitoramentos para avaliar criteriosamente a viabilidade do empreendimento, a localiza��o das nascentes e outros aspectos ambientais que devem ser avaliados em um projeto respons�vel. A companhia gerencia o local desde 2006 e continuou a realizar levantamentos e testes todos esses anos, n�o registrando altera��o na qualidade e fluxo das �guas superficiais ou subterr�neas.
A faixa exigida para a expans�o da vida �til da mina � anexa � cava atual, n�o havendo impacto algum em nenhuma nascente. Inclusive porque o sistema de rebaixamento utilizado na mina opera no aqu�fero Cau�, em Itabirito, que � desconectado do aqu�fero Moeda por conta de uma forma��o rochosa chamada de Forma��o Batatal (filito), que promove uma separa��o f�sica imperme�vel entre os aqu�feros e as nascentes de Cau� (Itabirito) e Moeda.
“N�o faz nenhum sentido falar em preju�zo das nascentes nessa pequena faixa ao lado da cava que j� est� em processo de rebaixamento. N�o existe a menor possibilidade”, garante o engenheiro e especialista em Meio Ambiente, Wilfred Brandt. “Se tivesse de afetar, isso j� teria acontecido. S� quem n�o viu a �rea pode falar isso”, complementa. Em seus levantamentos, o ge�logo Ant�nio Carlos Bertaquini, especialista em �guas, chegou a conclus�es semelhantes.
“Dez anos antes da abertura da mina V�rzea de Lopes foram iniciados os estudos no local. Foi realizado um invent�rio, um cadastro das nascentes, todos os pontos de �gua foram visitados exaustivamente. Foi feito um programa de monitoramento e se come�ou a medir a vaz�o antes de se abrir a minas e de atingir o n�vel de �gua subterr�neo do Aqu�fero Cau�. Temos seguran�a em dizer que essa mina n�o afeta as nascentes da Vertente Oeste da Serra da Moeda”, afirma Bertaquini.
E explica: “n�o h� interfer�ncia neste tipo de nascente pois a minera��o tira �gua do Aqu�fero Cau� e estas �guas nascem de rochas, os quartzitos da forma��o Moeda, e entre os dois tem os filitos da forma��o Batatal, que s�o rochas argilosas que impedem a passagem da �gua”. Os especialistas tamb�m tranquilizam a popula��o de Moeda e da Grande Belo Horizonte: n�o haver� nenhuma altera��o na qualidade e no fornecimento de �gua para os munic�pios e o Estado de Minas Gerais.
Monitoramento peri�dico
Para a realiza��o da opera��o de minera��o, o n�vel da �gua subterr�nea deve se manter rebaixado, o que � feito por meio de po�os tubulares profundos instalados no local. Esses po�os bombeiam e coletam a �gua, que tem dois destinos: quase sua totalidade � devolvida aos c�rregos da regi�o para onde, naturalmente, essa �gua j� iria e uma pequena parte � utilizada para abastecimento da infraestrutura da pr�pria mina.
A Gerdau monitora constantemente as �guas na regi�o e reporta aos �rg�os competentes. Os dados comprovam que n�o houve redu��o da vaz�o nos c�rregos da vertente oeste da Serra da Moeda, nem redu��o nas cotas ou n�mero de nascentes em quase 10 anos de desaguamento na mina. Importante esclarecer ainda que a vaz�o dos rios que abastecem Itabirito n�o � comprometida com a opera��o, porque a �gua captada no processo � bombeada diretamente para os afluentes dos rios, garantindo o equil�brio ambiental e o abastecimento para a popula��o.
S�o realizados pela Gerdau quatro tipos de monitoramento. Diariamente, � feito o acompanhamento do volume de �gua nos po�os instalados na mina e do �ndice pluviom�trico (somat�ria, em mil�metros, de toda precipita��o de �gua que cai na regi�o, como chuva e granizo). Semanalmente s�o realizadas as medi��es semanais dos n�veis da �gua nos aqu�feros (os reservat�rios naturais
de �gua) com piez�metro (equipamento que mede a profundidade dos n�veis de �gua). Al�m disso, � realizada medi��o mensal da vaz�o dos c�rregos para avaliar eventuais impactos.
Hist�rico da opera��o
A Gerdau iniciou a produ��o de min�rio de ferro na mina V�rzea do Lopes em 2006, portanto, h� 15 anos. Desde ent�o, desenvolveu detalhados estudos hidro-geol�gicos objetivando promover o rebaixamento do n�vel d '�gua na mina, o qual teve in�cio em 2012, ap�s a obten��o da outorga do direito de uso de �guas p�blicas e demais autoriza��es ambientais. Atualmente, a empresa possui outorga para o rebaixamento do n�vel d'�gua v�lido at� o ano de 2026.
Esses estudos, corroborados pela pr�tica, indicam que n�o h� nenhuma altera��o nas vaz�es dos c�rregos na vertente do munic�pio de Moeda (bacia do rio Paraopeba) e que, na vertente de
Itabirito (bacia do rio das Velhas), a diminui��o nas vaz�es � amplamente compensada pela vaz�o bombeadas nos po�os da mina. A Gerdau utiliza apenas 10% da vaz�o bombeada na mina, lan�ando o restante (90%) nos c�rregos de Itabirito, aumentando sua vaz�o.
O projeto proposto pela Gerdau n�o demandar� aumento da vaz�o outorgada, portanto, n�o haver� altera��o no regime outorgado. Quanto �s cavas situadas em topo de morro no Quadril�tero Ferr�fero, diversos levantamentos (tamb�m comprovados pela pr�tica) demostram que seu efeito � o de aumento da infiltra��o no aqu�fero, tendo em vista que deslocam para o interior da cava, as �guas pluviais que iriam para o escoamento superficial (enxurrada).