
Neste m�s, faz 50 anos que a Confer�ncia de Estocolmo designou o dia 5 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente. A data marca tamb�m a primeira Confer�ncia das Na��es Unidas para o Meio Ambiente, que levou � cria��o do Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O lema “Uma S� Terra” criado naquele evento hist�rico permanece muito atual. O cuidado com a preserva��o do meio ambiente tamb�m � um compromisso de anos da Itaminas.
� necess�rio revisitar alguns pontos importantes de um documento que ficou conhecido como “A Carta da Terra” – uma declara��o da consulta feita durante oito anos (1992-2000) entre milhares de pessoas de muitos pa�ses, culturas, institui��es, religi�es, al�m de cientistas e pensadores.
Conhe�a 5 trechos da “A Carta da Terra” que v�o fazer a diferen�a na gest�o social da sua empresa
Pre�mbulo
Estamos diante de um momento cr�tico na hist�ria da Terra, numa �poca em que a humanidade deve escolher o seu futuro [...]. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magn�fica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma fam�lia humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.
Terra, Nosso Lar
A capacidade de recupera��o da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preserva��o de uma biosfera saud�vel com os seus sistemas ecol�gicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos f�rteis, �guas puras e ar limpo. O meio ambiente global, com seus recursos finitos, � uma preocupa��o de todos.
A situa��o global
Os padr�es dominantes de produ��o e consumo est�o causando devasta��o ambiental, redu��o dos recursos e uma massiva extin��o de esp�cies. Comunidades est�o sendo arruinadas. Os benef�cios do desenvolvimento n�o est�o sendo divididos equitativamente, e o fosso entre ricos e pobres est� aumentando.
Desafios para o futuro
A escolha � nossa: formar uma alian�a global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destrui��o e a da diversidade da vida. S�o necess�rias mudan�as fundamentais dos nossos valores, de institui��es e de modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades b�sicas forem atingidas, o desenvolvimento humano vai ser primariamente voltado a ser mais em vez de ter mais.
Responsabilidade Universal
Para realizar essas aspira��es, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre e a nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidad�os de na��es diferentes e de um mundo em que a dimens�o local e a global est�o ligadas. Cada um compartilha a responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da fam�lia humana e do mundo dos seres vivos.
“Pelas palavras da Carta da Terra, o compromisso com o meio ambiente � um apelo que exige comprometimento da comunidade porque o planeta � o nosso lar comum. O dia mundial do meio ambiente foi criado h� 50 anos, mas a indiferen�a, a despreocupa��o e a ignor�ncia contribuem para que muitos continuem n�o se importando com essa quest�o essencial”, explica o diretor de Marketing e Sustentabilidade da Itaminas, Pablo Aguirre.
A import�ncia das empresas pensarem em sustentabilidade
Em 19 de maio deste ano, o executivo Stuart Kirk, chefe global de “Responsible Investment” do banco HSBC, fez uma palestra num evento do jornal Financial Times onde minimizou os riscos do aquecimento global e mudan�as clim�ticas. Seu argumento baseava-se no fato de que, mesmo que exista um aquecimento global, os efeitos s�o de longo prazo.
“Quem se preocupa se Miami ficar� a 6 metros abaixo d’�gua em 100 anos?” foi uma das perguntas que ele fez para sustentar a sua posi��o. Com o t�tulo: “Por que investidores n�o precisam se preocupar com o risco clim�tico”, ele concluiu sua palestra afirmando que h� risco zero para os investidores quando se olha para o curto prazo.
Diante da repercuss�o negativa, o banco HSBC rapidamente soltou uma nota dizendo que estava suspendendo o executivo e reafirmou que suas opini�es n�o estavam alinhadas com a vis�o estrat�gica do banco. O “sinceric�dio” cometido pelo executivo ecoa na consci�ncia coletiva e talvez esteja na hora de nos perguntarmos se n�o pensamos como ele.
J� n�o se nega que os pa�ses desenvolvidos, cujos padr�es de produ��o e consumo colocam em risco a sustentabilidade da vida no nosso planeta geram desigualdades s�cio-ambientais. Estamos inseridos em um modelo baseado no crescimento econ�mico que n�o respeita a capacidade da natureza de prover e repor seus recursos muito menos em absorver os res�duos produzidos pelo consumo da sociedade.
“O que os cientistas afirmam � que a natureza cobrar� o pre�o pelo desrespeito ambiental promovido pelos homens. Mas como n�o � algo no curto prazo, n�s simplesmente ignoramos o fato”, afirma Pablo.
Existe um antigo ditado �rabe que diz: “quem planta t�maras, n�o colhe t�maras!” Isso porque, no passado, uma tamareira levava algumas d�cadas para produzir os primeiros frutos. Ent�o, seguindo a l�gica do curto prazo, n�o existiriam tamareiras no planeta. E se hoje podemos ter o privil�gio de comermos t�maras, � porque algu�m pensou mais no pr�ximo do que nele mesmo. Uma das caracter�sticas dos humanos � a consci�ncia da finitude. Sabemos que bilh�es de pessoas vieram antes de n�s e, em tese, outros bilh�es de seres humanos viver�o ap�s a nossa partida.
Se a morte faz parte da vida fica a pergunta: qual � o legado que deixaremos para as pr�ximas gera��es? Seremos “plantadores de tamareiras” ou simplesmente estaremos interessados em explorar e exaurir os recursos existentes sem considerar aqueles que vir�o depois de n�s? Quando nossos filhos observarem nossas pegadas e seguirem o rastro da nossa hist�ria, em que lugar eles se encontrar�o?

William Vollmann, em seu livro “No Immediate Danger” ele escreve: “um dia, num futuro n�o muito distante, os habitantes de um planeta mais quente, mais perigoso e biologicamente diminu�do do que esse em que vivi talvez se perguntem o que voc� e eu t�nhamos na cabe�a. E nossa resposta sincera seria: Claro que fizemos isso conosco. Sempre fomos intelectualmente pregui�osos e quanto menos era exigido de n�s, menos fizemos. Vivemos todos em fun��o do dinheiro e foi em seu nome que morremos.”
A mudan�a � necess�ria
Entre os dias 6 e 10 de junho de 2022, ocorreu a nona edi��o da C�pula das Am�ricas. O tema desta edi��o foi: “Construindo um futuro sustent�vel, resiliente e equitativo.” Foram estabelecidos pelos EUA, o anfitri�o do evento, cinco pilares para serem discutidos:
- Sa�de e Resili�ncia nas Am�ricas;
- Mudan�a Clim�tica e Sustentabilidade Ambiental;
- Acelera��o da Transi��o para Energia Limpa;
- Transforma��o Digital;
- Governan�a Democr�tica.
Frustrante e quase desnecess�rio dizer que os movimentos objetivos em dire��o � sustentabilidade ambiental continuam sendo muito incipientes. Uma das conclus�es da c�pula foi que: “a adapta��o �s mudan�as clim�ticas tamb�m � um foco, convocando os l�deres a implementar planos ou estrat�gias nacionais de adapta��o, construir resili�ncia em todos os setores, estabelecer sistemas de monitoramento e avalia��o, compartilhar informa��es e educar a pr�xima gera��o de formuladores de pol�ticas de adapta��o”.
Mas o que isso na pr�tica significa? De que maneira os Estados Unidos, como o pa�s mais poluente da hist�ria, responde �s mudan�as clim�ticas?

Os resultados da Rede da Pegada Global (Global Footprint Network) apresentam dados assustadores: Em 1961, precis�vamos de 63% da Terra para atender �s demandas humanas; j� em 1975, esse n�mero saltou para 97%. Em 1980, exigimos 100,6%, portanto, necessit�vamos de mais de uma Terra. Em 2005, atingimos a cifra de 145%. Quer dizer, seria preciso quase uma Terra e meia para estar � altura do consumo geral da humanidade.
Seguindo esse ritmo, em 2030 haver� necessidade de pelo menos tr�s planetas Terra iguais a este. Se, hipoteticamente, quis�ssemos universalizar o n�vel de consumo que os Estados Unidos desfrutam, dizem os bi�logos e os cosm�logos que seriam imprescind�veis cinco planetas Terra para atender �s exig�ncias da sociedade.
Um dos an�ncios do presidente americano na C�pula das Am�ricas, Joe Biden, foi um investimento de 300 milh�es de d�lares na Am�rica Latina para combater a inseguran�a alimentar. A relev�ncia desse valor diminui bastante quando tomamos conhecimento de que o Congresso dos Estados Unidos aprovou recentemente um pacote de 40 bilh�es de d�lares em armamentos para a Ucr�nia na guerra contra a R�ssia.
“O “american way of life” est� errado e n�o � sustent�vel. Basta dizer que, se o mundo todo tivesse o mesmo modelo de vida, os recursos do planeta j� estariam completamente exauridos. Parece mais f�cil doar dinheiro para combater a inseguran�a alimentar dos pa�ses pobres do que criar uma cultura de consumo respons�vel, em que n�o se joga no lixo mais da metade de toda a comida que se compra”, afirma Aguirre.
Para ter uma ideia, a Organiza��o das Na��es Unidas para a Alimenta��o e a Agricultura (FAO) estima um desperd�cio de 931 milh�es de toneladas de alimento por ano – ou 2,5 milh�es de toneladas por dia. Isso significa que 13 navios cargueiros, cheios de comida, v�o para o lixo todo dia.

“Continuamos numa tentativa frustrada de remediar o que poderia se prevenir. Damos peixes em quantidade insuficiente e nem de longe ensinamos a pescar”, conclui.
Assim caminha a humanidade
Segundo Noam Chomsky, soci�logo, fil�sofo, comentarista e ativista pol�tico norte-americano, os 20% mais ricos do mundo consomem 82% das riquezas da Terra, enquanto os 20% mais pobres t�m que se contentar com apenas 1,6%. As tr�s pessoas mais ricas do mundo possuem ativos superiores a toda a riqueza dos 48 pa�ses mais pobres, onde vivem 600 milh�es de pessoas. Nesse princ�pio de pareto devastador, as estrat�gias dos poderosos � salvar o sistema financeiro, e n�o salvar a sociedade e garantir a preserva��o da vida no planeta.
Aquilo que � demasiadamente injusto, n�o pode conter, em si mesmo, nenhuma sustentabilidade. E um pre�o alto ser� pago em algum momento futuro. Enquanto isso, cumpre-se a letra da m�sica do Lulu Santos: “assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade.”
Conhe�a a Itaminas
A Itaminas � uma empresa que trabalha na produ��o e comercializa��o de produtos gerados pela extra��o de min�rio, conquistando �ndices de padr�o mundial. Atualmente a Itaminas produz quatro tipos de produtos: sinter feed concentrado, sinter feed alta s�lica, hematitinha e pellet feed.
Transformar um mundo em um lugar melhor � uma prioridade da Itaminas. Desde o princ�pio, em 1959, ela investe em projetos ambientais e sociais. Acesse o site e conhe�a todas as iniciativas realizadas pela mineradora.