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Estado de Minas Neg�cios

Pr�ticas de corrup��o privada devem ser discutidas e banidas nas empresas

A corrup��o privada � um mal nas empresas; Daniel Lan�a, Compliance Officer e Head ESG do Instituto Inhotim fala da import�ncia de discutir sobre o assunto


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postado em 16/12/2022 09:27 / atualizado em 16/12/2022 09:27

Práticas de corrupção privada devem ser discutidas e banidas nas empresas
O treinamento para l�deres � um investimento essencial para o desenvolvimento e acompanhamento da sua equipe de trabalho e estrat�gia importante para aproximar a equipe e evitar a��es de corrup��o privada (foto: Itaminas/Divulga��o)

 
A palavra lobby, para boa parte das pessoas, tem certa conota��o negativa, como de algo errado, corrupt�vel e feito �s escondidas. Na verdade, tecnicamente o termo lobby significa o inverso: ela � a defesa de interesses leg�tima, legal e –  paradoxalmente – alinhada �s melhores pr�ticas de combate � corrup��o. Mais lobby, portanto, significa menos corrup��o. Assim, as empresas devem investir neste termo, como a Itaminas faz.
 
Primeiramente, � preciso dizer que � tanto contraproducente como ing�nuo acreditar que agentes p�blicos n�o devem dialogar com as mais diversas partes interessadas antes de tomar decis�es governamentais que envolvem a gest�o e as regras da coletividade.  

Contraproducente, porque sem di�logo n�o h� constru��o de consensos, n�o se  depuram ideias, nem leva os diversos pleitos da sociedade aos tomadores de  decis�o pol�tica; em �ltima inst�ncia, n�o h� democracia. E � ing�nuo, porque � da  natureza humana o ser greg�rio. 

Pilares fundamentais do lobby


Reconhecendo que os mais diversos setores da sociedade podem e devem  dialogar com agentes p�blicos, � preciso regular, ent�o, quais s�o as regras de  conduta aceit�veis e separar o lobby de demais condutas il�citas, que, por sua vez,  n�o podem ser toleradas. Assim, compreendendo os desafios �ticos dessas  intera��es, legitima-se a atua��o da defesa de interesses com lisura, desde que  respeitem duas balizas fundamentais: a transpar�ncia e a igualdade de acesso. 

“A transpar�ncia, porque, quanto mais pudermos conhecer os reais interesses que  influenciam as decis�es governamentais, quem conversa e como as press�es s�o  legitimamente exercidas, melhor. Por isso, diversos pa�ses j� tornam obrigat�rios os  registros de encontros, de modo que haja a devida presta��o de contas, al�m de  credenciamento p�blico de lobistas”, explica Daniel Lan�a, Compliance Officer e Head ESG do Instituto Inhotim. 

Inversamente, o grande problema est� exatamente na defesa de interesses realizada �s escondidas, por canais extra oficiais e com a utiliza��o de estratagemas imorais, anti�ticos e ilegais. A n�o regulamenta��o dessa mat�ria  mistura o lobby com outras formas ilegais de defesa de interesses, dificultando a  identifica��o de condutas il�citas e permitindo, assim, a prolifera��o da corrup��o.  

O segundo pilar fundamental do lobby se d� na igualdade de acesso por quaisquer  partes interessadas. Na medida do poss�vel, essa paridade de armas mitiga a  desigualdade na participa��o de reuni�es e consequentemente na defesa de  interesses leg�timos. Doutra forma, a disponibilidade da agenda de agentes p�blicos a apenas algumas partes privilegiadas poderia gerar uma corrida desproporcional por acesso, inclusive por meios ilegais. 

Daniel completa: “diversas medidas podem ser tomadas a fim de reduzir tais riscos, desde a igualdade de oportunidade para quem represente interesses conflitantes na formula��o de determinada pol�tica p�blica ou propostas legislativas at� o estabelecimento de quarentena a agentes p�blicos rec�m sa�dos da Administra��o P�blica”. 

N�o � toa, especialistas em compliance acreditam que a regulamenta��o do lobby  � uma das propostas mais urgentes das Novas Medidas contra a Corrup��o,  idealizadas pela Transpar�ncia Internacional e pela FGV. A luz do sol da  transpar�ncia ainda � o melhor desinfetante contra a corrup��o.

A import�ncia das iniciativas contra a corrup��o privada


Em 27 de maio de 2015, sete executivos internacionais de futebol foram presos por corrup��o, incluindo o ex-presidente da CBF, Jos� Maria Marin, deflagrando o  Fifagate, opera��o oriunda de investiga��o conjunta das justi�as dos EUA e da Su��a. 

Mas por que opera��es como essas n�o ocorrem no Brasil? Se houver no Brasil um suborno para facilitar a contrata��o da empresa X em uma licita��o p�blica, as penas previstas podem chegar a 12 anos para quem solicita ou recebe (corrup��o passiva), al�m de at� oito anos para quem oferece ou promete a propina (corrup��o ativa). 

Se o mesmo acontece entre duas empresas privadas – como no futebol –, n�o  h� puni��o cab�vel na legisla��o brasileira. Foi exatamente o que se deu no caso do  Cruzeiro. Para buscar alguma puni��o, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais precisou de criatividade para denunciar ex-dirigentes do clube por lavagem de dinheiro, apropria��o ind�bita, falsidade ideol�gica e forma��o de organiza��o criminosa. Caso houvesse a tipifica��o do crime de corrup��o privada, a persecu��o penal seria certamente mais assertiva e eficiente. 

� poss�vel que a l�gica do legislador da d�cada de 1940, quando o C�digo Penal foi  elaborado, fosse de que apenas a corrup��o que envolvesse dinheiro p�blico – digo, do  pagador de impostos – mereceria ser punida. Faz sentido a l�gica liberal do direito penal m�nimo nesse caso. 

Entretanto, a corrup��o privada tamb�m merece tutela legal, uma vez que prejudica a livre concorr�ncia, mitiga a competitividade, gera domina��o artificial de mercado e aumenta arbitrariamente os lucros com base no exerc�cio abusivo de posi��o dominante.  

Medidas estabelecidas na Conven��o das Na��es Unidas contra a Corrup��o


Por tudo isso, a Conven��o das Na��es Unidas contra a Corrup��o de 2003 – da  qual o Brasil � signat�rio – estabeleceu o compromisso aos Estados-membros de  adotar medidas para qualificar o suborno privado como delito quando cometido  intencionalmente no curso de atividades econ�micas, financeiras ou comerciais (art.  21). Pa�ses como Reino Unido, Fran�a, Alemanha, Portugal, Col�mbia e Chile, por  exemplo, j� reconhecem a corrup��o  privada. 

� vista disso, um primeiro caminho ao pa�s � o da criminaliza��o da corrup��o  privada, tipificando a conduta no C�digo Penal brasileiro com pena de reclus�o e  multa. Assim, quem pratica tal ato pode pegar cadeia. Atualmente, h� diversos  Projetos de Lei nesse sentido em tramita��o no Congresso Nacional e essa � uma das 70 Novas Medidas Contra a Corrup��o (nº. 46).  

Outro caminho poss�vel, tamb�m presente nessas Medidas, � a ideia da  responsabiliza��o das empresas por corrup��o privada, nos mesmos moldes da  l�gica trazida pela Lei Anticorrup��o (Lei  Federal nº. 12.846/13). Desse modo, haveria a figura da responsabilidade civil e administrativa – sobretudo, multa – �s  pessoas jur�dicas que praticassem a corrup��o privada, sem preju�zo das penas  aplic�veis aos administradores pessoalmente. 

Al�m disso, tal medida prop�e os mesmos incentivos � cria��o de programas de compliance �s empresas para que promovam a preven��o, a detec��o e a puni��o da corrup��o privada.  

“O futebol � provavelmente o maior interessado no lobby pela desregulamenta��o da corrup��o privada no pa�s, mas n�o o �nico. Se desejamos exterminar aquele capitalismo absolutamente selvagem, em que vence o mais desleal, � premente importar de fora algumas das melhores pr�ticas citadas. Isso porque a corrup��o privada importa”, completa o Compliance Officer e Head ESG do Instituto Inhotim.

Diversidade e governan�a multigeracional


Voc� provavelmente j� ouviu falar da Gera��o Y, aqueles jovens nascidos depois  de 1981, mais conhecidos como millennials; e da Gera��o Z, nascidos depois de 1997. Se n�o h� d�vidas que os mais jovens s�o curiosamente singulares, ainda � instigante pensar nos potenciais conflitos e ganhos na intera��o deles com o mercado de  trabalho – e nos desafios e oportunidades  para o caminho sem volta de uma  governan�a multigeracional. 

Uma primeira caracter�stica que marca as novas Gera��es Y e Z �, sem d�vida, o fato de ser essa uma m�o de obra altamente engajada. Diferentemente das gera��es anteriores, que buscavam estabilidade e dinheiro, o fator financeiro motiva menos que o prop�sito. Movidos pela busca das necessidades mais complexas como  autorrealiza��o e autoestima, os jovens querem trabalhar em algo que tenha um sentido maior, como ajudar o planeta ou melhorar a vida das pessoas, aliado �  felicidade, a experi�ncias singulares e ao equil�brio entre a vida pessoal e profissional. 

Diversidade e governança multigeracional Itaminas
� importante que as organiza��es gerem um ambiente de trabalho que fomente a diversidade, n�o somente de g�nero, ra�a ou orienta��o sexual, mas tamb�m geracional (foto: Itaminas/Divulga��o)

Eles s�o tamb�m criativos, din�micos, interativos, flex�veis e, principalmente,  tecnol�gicos. As habilidades t�cnicas trazidas com a revolu��o digital s�o  potencializadas pela capacidade multitarefa, de �gil pensamento anal�tico e de destreza para lidar com as inova��es que surgem com velocidade impressionante.

Portanto, Daniel Lan�a esclarece que “tais avan�os contrastam com sua evidente falta de habilidades comportamentais, como intelig�ncia emocional e capacidade de lidar com frustra��o e hierarquia. De maneira geral, as Gera��es Y e Z podem ser autocentradas, ansiosas, impacientes, superficiais, arrogantes e desejam crescer r�pido (demais) na carreira, ao passo que t�m dificuldade em criar ra�zes de longo prazo nas empresas”. 

Como aproveitar o melhor das novas gera��es e minimizar o impacto das  habilidades n�o desej�veis � certamente um dos maiores pontos de inflex�o. O  futuro – e o presente – das empresas passa necessariamente pelas Gera��es Y e Z; quem n�o se adaptar continuar� lidando com forte turnover entre os mais jovens e perder� a chance de alavancar as transforma��es da revolu��o 4.0. 

O desafio, portanto, est� na capacidade das atuais organiza��es gerarem um  ambiente de trabalho que fomente a diversidade – n�o somente de g�nero, ra�a ou orienta��o sexual, mas tamb�m geracional, aproveitando o melhor das gera��es unidas na mesma dire��o. Isso passar� pela revis�o de conceitos tradicionalmente r�gidos, como hierarquia, processos burocr�ticos, jornada de trabalho inflex�vel, trabalho presencial e rediscuss�o do prop�sito das empresas. Diversidade gera produtividade e, em �ltima inst�ncia, lucro. 

Um olhar atento a essas novas din�micas j� pode ser visto nos Conselhos de  Administra��o de grandes empresas que  t�m buscado diversidade visando  adapta��o �s novas tend�ncias, ao incremento na estrat�gia organizacional, �  utiliza��o de tecnologias disruptivas e � concep��o de valor de longo prazo.

“As  Gera��es Y e Z s�o hoje 70 milh�es de pessoas, quase 46% da popula��o  economicamente ativa no Brasil; em dez anos, seremos 70% da PEA. O novo  capitalismo ser� moldado e liderado por n�s. �s organiza��es do futuro caber�  compreender a necessidade de uma  governan�a multigeracional, aliando  experi�ncia e juventude” finaliza Lan�a. 

Itaminas: sempre investindo nas pessoas e na sociedade


Indo muito al�m do lucro, a Itaminas, empresa de extra��o de min�rio de ferro que utiliza a metodologia de lavra a c�u aberto e tratamento de min�rios,est� sempre disposta �s transforma��es do mundo, investindo na intera��o com colaboradores, fornecedores, clientes, comunidade e meio ambiente. A empresa tem o intuito de criar uma rela��o com a sociedade que gera valor de maneira transparente. Acesse o site da Itaminas e conhe�a mais sobre a empresa.


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