Tecnologia e equipamentos de ponta s�o a vitrine do trabalho feito no hospital e na fazenda criados em Brumadinho para atender aos animais dom�sticos e silvestres, de pequeno ou grande portes, tamb�m v�timas do rompimento da Barragem I, da mina de C�rrego do Feij�o, e ainda os impactados pelas evacua��es em Bar�o de Cocais e Ouro Preto, na Regi�o Central, em Nova Lima, que inclui o distrito de Macacos, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte;e em Rio Preto, na Zona da Ma-ta. Desde a trag�dia, milhares de bichos foram atendidos com base no Plano de Prote��o � Fauna, com medidas voltadas ao resgate, cuidado e acolhimento de esp�cies do munic�-pio atingido. At� o �ltimo dia 11, 8.546 animais estavam sob a tutela da Vale.
As a��es incluem atividades de rastreamento, avistamento em sobrevoo, fotografia, tracking di�rio no acompanhamento ouem demandas do Al� Fauna (n�mero disponibilizado para atender a popula��o), alimen-ta��o e tratamento de animais. Diariamente, 12 equipes percorrem 25 pontos determinados pelos �rg�os ambientais estadual e federal ao longo do caminho da lama, �s margens do Rio Paraopeba e seus afluentes, em busca da fauna silvestre. Por semana, equipes da Vale, bi�logos, veterin�rios e auxiliares percorrem, a p�, 350 quil�metros.
Ao serem encontrados, se os animais est�o saud�veis, s�o afugentados para �reas onde n�o h� contato com rejeitos ou, se precisam de cuidados, s�o levados para a Fazenda Abrigo de Fauna ou Hospital Veterin�rio de Campanha da Vale. “Buscamos pegadas, vest�gios. Tudo � verificado para identificar a presen�a de animais na �rea afetada pela lama”, explica o bi�logo Felipe Pinto. Tr�s equipes s�o respons�veis por animais dom�sticos e agem sob demanda, por meio do Al� Fauna. Os sobrevoos em helic�pteros ocorrem todos os dias. Ao todo, 270 pessoas trabalham na frente relacionada � fauna.
No Hospital Veterin�rio de Campanha, 1 mil metros quadrados abrigam atualmente 41 animais que precisam de interna��o. A unidade, montada em 22 dias, atende aqueles que t�m alguma rela��o com o rompimento.Todo animal de Brumadinho, Macacos e Bar�o de Cocais acolhido passa por uma triagem, � examinado e, por fim, microchipado. Depois de recuperados, eles v�o para a fazenda, onde ficam at� o tutor poder recuper�-lo. Se n�o t�m um respons�vel, s�o encaminhados � ado��o. A rotina � minuciosa e come�a com an�lises cl�nicas no laborat�rio. “Se chegar um animal doente agora, consigo liberar o resultado em 15 minutos”,afirma a m�dica-veterin�ria patologista Adriana Junho Brasil.
PROTOCOLO
S�o 7,5 quil�metros em estrada de terra, a partir do Centro de Brumadinho, at� a Fazenda Abrigo de Fauna, onde est�o os animais saud�veis e recuperados que foram resgatados nas opera��es. Ao todo, 465 animais est�o no local. O principal objetivo � atender animais impactados, de �reas rurais que ficaram isoladas, que perderam pasto, al�m de animais sem tutores. Quase 60 profissionais se revezam em tr�s turnos na �rea de 6,9 hectares. Tudo foi idealizado por meio de projetos, demandas de veterin�rios e acordos firmados com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) e Minist�rio P�blico, que fazem vistorias na �rea. A Vale conta com a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e segue protocolos definidos pelo Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA) e o Conselho Regional de Medicina Veterin�ria.