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Estado de Minas

"Estou me lixando para a opini�o p�blica", diz relator de processo


07/05/2009 06:29 - atualizado 17/11/2009 00:41

'Estou me lixando para a opinião pública. Até porque a opinião pública não acredita no que vocês escrevem' - Sérgio Moraes (PTB-RS), relator do processo contra Edmar Moreira, ao ser questionado sobre as reações ao possível arquivamento do caso
"Estou me lixando para a opini�o p�blica. At� porque a opini�o p�blica n�o acredita no que voc�s escrevem" - S�rgio Moraes (PTB-RS), relator do processo contra Edmar Moreira, ao ser questionado sobre as rea��es ao poss�vel arquivamento do caso (foto: Ed Ferreira/AE)

Bras�lia – O deputado S�rgio Moraes (PTB-RS), relator no Conselho de �tica do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o dono do castelo de R$ 25 milh�es no interior de Minas, est� disposto a enterrar as den�ncias e abriu uma crise no colegiado. O petebista disse quarta-feira, logo no come�o dos trabalhos do Conselho de �tica, que n�o conseguiu encontrar ind�cio que aponte para quebra de decoro parlamentar por Edmar ter utilizado a verba indenizat�ria em benef�cio pr�prio.

S�rgio Moraes foi al�m. Classificou de trabalho da imagina��o a principal acusa��o formulada pela Corregedoria da C�mara: a de que o parlamentar mineiro n�o conseguiu comprovar a presta��o dos servi�os de suas empresas de seguran�a privada. “A acusa��o imaginou que pode n�o ter sido prestado o servi�o. Eu posso imaginar que foi prestado”, afirmou o relator. Pela sua l�gica, os funcion�rios de Edmar v�o dizer que o servi�o foi prestado e ele ter� de acreditar neles, simples assim. “Qualquer um pode dar uma nota fiscal, voc� pode ir a um posto e pedir uma nota sem colocar gasolina. Como eu vou saber se o servi�o foi feito? ”, perguntou.

O relator tamb�m se fiou na parte central da pe�a de defesa de Edmar Moreira: a tese declarada pelo presidente da C�mara, Michel Temer (PMDB-SP), sobre a n�o puni��o de casos anteriores � regra que tornou rigoroso o uso da verba indenizat�ria e proibiu a inje��o dos recursos nas pr�prias empresas. “� uma decis�o do presidente da Casa, que determinou que as normas daqui para a frente ter�o de ser cumpridas rigorosamente e o que passou, passou. Ent�o, ficou s� um nesse fogo cruzado, que � o Edmar Moreira”, comentou o relator, para quem o deputado mineiro ficou na condi��o de “boi de piranha”.

No come�o da sess�o de quarta-feira do Conselho de �tica para discutir qual agenda de trabalho do processo Edmar, Moraes se irritou com perguntas de rep�rteres sobre os motivos que o levaram a achar fracas as acusa��es. E em um rompante falou alto no microfone da sess�o: “N�o me venham dar moral, se n�s formos medir a moral da imprensa com os deputados � que n�s falamos e n�o somos escutados. E podem colocar que (sic) eu n�o tenho medo, n�o.” Antes, ao ser questionado se n�o tinha medo da rea��o da opini�o p�blica caso proponha o arquivamento do processo, reagiu indignado: "Estou me lixando para a opini�o p�blica. At� porque a opini�o p�blica n�o acredita no que voc�s escrevem".

Cr�tica

A posi��o pol�mica do deputado n�o encontrou solidariedade em parte do Conselho de �tica. O presidente do colegiado, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), defendeu a seq��ncia do processo. O deputado Paulo Piau (PMDB-MG) criticou o colega. “Da minha parte n�o h� nada pr�-concebido”, afirmou. “Se ficar provado que n�o houve presta��o de servi�o, est� clara a quebra do decoro. Se o deputado provar que houve, muito bem”, acrescentou Piau.

Moraes foi indicado relator a partir de uma comiss�o de sindic�ncia do Conselho de �tica formada tamb�m por Hugo Leal (PSC-RJ) e Ruy Pauletti (PSDB-RS). O deputado do Rio de Janeiro juntou-se ao coro contr�rio ao petebista e lembrou que a dissid�ncia pode apresentar um relat�rio em separado caso surja discord�ncia de pontos de vista. “Tem que dar continuidade ao processo. Ele (Moraes) n�o pode dizer essas coisas. Isso s� desmoraliza a ele mesmo, n�o o Conselho. Ele � s� um voto, n�o � o conselho inteiro”, disse Leal.

Na agenda de trabalho aprovada quarta-feira, Moraes pedir� ajuda aos tr�s �ltimos primeiros secret�rios da Casa, ele quer ter certeza se n�o havia proibi��o no passado em utilizar a verba indenizat�ria em benef�cio pr�prio.


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