
A miss�o mais pol�mica de Erasmo Dias foi o cerco ao c�mpus da Pontif�cia Universidade Cat�lica (PUC) em 22 de setembro de 1977 ocasi�o em que prendeu 900 estudantes e os levou para o quartel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e para o Dops, a pol�cia pol�tica. Naquela noite a tropa de choque explodiu bombas incendi�rias contra manifestantes que pretendiam refundar a Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE).
Nascido em Paragua�u Paulista em 2 de junho de 1924, o coronel era formado e licenciado em Hist�ria pela Universidade de S�o Paulo (USP) e bacharel em Direito. Ficou no Ex�rcito, de que tanto se orgulhava, por 35 anos. Em mar�o de 1974, no governo Em�lio Garrastazu M�dici, recebeu a incumb�ncia de dirigir a Secretaria de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, o que fez com m�o de ferro - Paulo Egydio Martins governava S�o Paulo.
Erasmo ficou no poder durante cinco anos, at� mar�o de 1979, per�odo em que protagonizou a��es controversas. Acusado de arbitr�rio e truculento, frequentemente dizia a seus interlocutores que agia amparado no sistema legal vigente. Negou viol�ncias at� o fim da vida, mesmo quando as evid�ncias eram tantas, como na invas�o da PUC. “A uma a��o corresponde uma rea��o”, justificava.
Foi fundador da Arena e elegeu-se deputado federal, pela primeira vez, quando deixou a Seguran�a P�blica. Depois no PP (Partido Progressista), foi deputado estadual e vereador pela cidade de S�o Paulo. Abandonou a pol�tica em 2004, alegando desgosto com o Legislativo.