Bras�lia – Depois de amea�ar os parlamentares dissidentes na semana passada, o l�der do governo na C�mara, deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP) adotou, garantida a vit�ria folgada, um tom mais conciliador em rela��o aos infi�is, em especial ao PDT. Vaccarezza foi mais duro com os dois deputados do PT que votaram contra do que com os nove do PDT. O l�der disse que caber� � presidente Dilma Rousseff definir se haver� e qual o grau da puni��o. Ele fez quest�o de elogiar o PMDB, que deu 100% dos 77 votos da bancada.
“O resultado da vota��o foi extremamente positivo para o governo. Foi impressionante a vota��o do governo. As dissid�ncias foram residuais, ent�o, n�o vamos tratar essas dissid�ncias como houvesse uma articula��o de dissidentes. Sou da paz”, disse. Perguntado se defendia um "ca�a aos infi�is", Vaccarezza foi cauteloso ao falar do PDT, partido do presidente da For�a Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), defensor dos R$ 560 como valor do sal�rio m�nimo. “O PDT n�o criou muito problema no debate. O partido viveu um tensionamento muito grande. De nossa parte, vamos convidar o PDT para votar fechado com o governo”, disse.
Entretanto, o petista disse que os colegas de partido cometeram um erro grave com o governo Dilma. Em contrapartida, disse que o PMDB mostrou lealdade. “O PMDB demonstrou lealdade e for�a. � uma segunda lua de mel (com o governo)”, disse Vaccarezza.
Ele ainda confirmou que, encerrada a vota��o do sal�rio m�nimo, o governo editar� medida provis�ria com a corre��o da tabela do Imposto de Renda, provavelmente em 4,5%, que � o centro da meta de infla��o. Mas ele defendeu que isso ocorra apenas para o IR de 2011, a ser entregue em 2012, e n�o para os pr�ximos quatro anos. O l�der tamb�m defendeu que a presidente Dilma possa fixar, por decreto, o valor do sal�rio m�nimo. Ele argumentou que o Congresso ir� definir, em lei, a regra de corre��o do sal�rio e que, por isso, n�o est� retirando poder do Legislativo de tratar do assunto. Ele disse que o Congresso, ao aprovar o projeto do m�nimo, fixar� em lei a regra de reajuste: a infla��o do per�odo mais o PIB de dois anos anteriores. “A C�mara n�o vai decidir sobre o m�nimo, a C�mara j� decidiu (quarta-feira). O que o Executivo vai fazer � apenas essa equa��o prevista no projeto”, afirmou.
Desertores
A vota��o do sal�rio m�nimo, na noite de quarta-feira, serviu como teste para o governo da presidente Dilma Rousseff, a fim de saber qual o grau de coes�o da base aliada. E serviu tamb�m para conhecer poss�veis desertores. Segundo o levantamento do site Congresso em Foco, 15 deputados da base tra�ram a proposta do governo e votaram a favor da emenda do DEM, que propunha sal�rio m�nimo de R$ 560. O governo n�o aceitava nada mais do que R$ 545. Em ordem alfab�tica, o nome dos deputados que tra�ram o governo e votaram a favor dos R$ 560 foram: Arnaldo Faria de S� (PTB-SP), Enio Bacci (PDT-RS), Eudes Xavier (PT-CE), Francisco Praciano (PT-AM), Giovanni Queiroz (PDT-PA), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Jo�o Dado (PDT-SP), Miro Teixeira (PDT-RJ), Paulo Maluf (PP-SP), Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), Reguffe (PDT-DF), Salvador Zimbaldi (PDT-SP), Sebasti�o Bala Rocha (PDT-AP), Vieira da Cunha (PDT-RS) e Zoinho (PR-RJ).
