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Estado de Minas

Com o triunfo na C�mara, Dilma escala tropa para articula��es no Senado


postado em 18/02/2011 08:11

Ap�s a aprova��o do reajuste que eleva o sal�rio m�nimo a R$ 545, as comemora��es da primeira vit�ria da presidente Dilma Rousseff na C�mara dos Deputados n�o duraram nem 12 horas. Na quinta-feira, ela conversou com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer; os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci; e o de Rela��es Institucionais, Luiz S�rgio, para cuidar dos votos no Senado. A estrat�gia � levar o projeto direto a plen�rio, j� na pr�xima semana, evitar discuss�es intermin�veis pelas comiss�es t�cnicas da Casa e, se poss�vel, dar ao PT a chance de se redimir dos votos perdidos na C�mara, deixando com um dos seus a relatoria da proposta. O nome mais cotado hoje � o do senador Jos� Pimentel (CE), vice-presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ).

O trio saiu do gabinete presidencial com tarefas distribu�das. Palocci cuidar� dos partidos; Luiz S�rgio, do PT; e Temer, do PMDB, sendo que, em alguns casos, contar� com Palocci. No que tange os peemedebistas — senhores absolutos do Senado, com as Presid�ncias da Casa e da CCJ —, os movimentos foram fechados em um almo�o na quinta-feira, no gabinete da Vice-Presid�ncia, entre Temer; o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (RR) e o presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO).

A primeira tarefa ser� aprovar a urg�ncia e, assim, levar o projeto direto ao plen�rio. Dessa forma, evita-se que a oposi��o tenha dois palcos para tentar expor os governistas e desgastar a base aliada ao Planalto, fechada com os R$ 545 aprovados na C�mara. Feito isso, vem a segunda fase: trabalhar os dissidentes e evitar que os l�deres coloquem pedras no caminho do Poder Executivo. O l�der do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), � o primeiro dessa lista.

Renan ensaia a apresenta��o de uma emenda que garanta aumento real do sal�rio m�nimo em anos nos quais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seja negativo. Palocci e Temer v�o chamar o senador para uma conversa, a fim de demov�-lo da ideia. O Planalto quer Renan na linha de frente da defesa do projeto do sal�rio m�nimo de R$ 545 sem altera��es. Se a proposta receber mudan�as no Senado, ter� de voltar � C�mara e passar por nova vota��o. Isso impediria que o novo piso entrasse em vigor a partir de 1º de mar�o.

Saiba mais...
Aprova��o do m�nimo de R$ 545 na C�mara foi derrota pol�tica, diz entidade PSDB vai contestar no STF possibilidade de governo fixar m�nimo por decreto Pol�tica do m�nimo valer� por quatro anos Em vota��o por m�nimo de R$ 600, Tiririca se engana e "vota errado" C�mara rejeita emendas e aprova proposta do governo Embora desconverse, PMDB quer para j� a retribui��o pelo apoio em vota��o
A estrat�gia dos peemedebistas � trabalhar para repetir no Senado o que conseguiram na C�mara. L�, o PMDB deu uma demonstra��o de for�a e de comprometimento com o Pal�cio do Planalto. Oficialmente, o discurso � o de que a unidade demonstrada na vota��o do m�nimo n�o teve nenhum recado ou movimento escuso. Mas nos bastidores, a hist�ria � outra: espera-se que a fidelidade seja compensada com o que eles chamam de “parceria” — leia-se cargos e libera��o de recursos para projetos apresentados pela sigla (veja p�gina 3).

Os petistas, que tiveram sete ausentes na sess�o de quarta-feira e dois votos contr�rios, evitam relacionar a unidade do PMDB � expectativa de toma l�, d� c�. O l�der do governo na C�mara, C�ndido Vaccarezza (PT-SP), por exemplo, foi r�pido ao elogiar o aliado. “O PMDB sai fortalecido e tem o reconhecimento do governo”, afirmou o petista. O ministro Luiz S�rgio emendou: “N�o existe nenhuma rela��o entre nomea��o e vota��o. O PMDB � governo e respondeu �quilo que esper�vamos”.

Tabela do IR


Paralelamente ao trabalho de coleta de votos no Senado, o governo acenar� ainda com o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR), a ser assinado assim que Dilma sancionar o novo valor do m�nimo. A ideia � que essa atualiza��o tamb�m seja v�lida por quatro anos. Com isso, o governo pretende encerrar a disputa com a oposi��o e as centrais sindicais recorrentes todos os anos nas discuss�es do sal�rio m�nimo e do IR.

O projeto de lei do piso salarial aprovado pela C�mara prev� a f�rmula do reajuste para os pr�ximos quatro anos e estabelece que o percentual ser� definido pela presidente na forma de decreto, que n�o precisa de vota��o, embora o assunto seja controverso. No caso do Imposto de Renda, a inten��o � editar uma medida provis�ria estabelecendo a corre��o da tabela at� 2015 em 4,5% por ano, centro da meta de infla��o.

Puni��o

Em outra frente para demonstrar sua for�a, a presidente Dilma Rousseff, que na quinta-feira recebeu a lista com os votos de cada deputado, tamb�m cobrou da base uma puni��o aos rebeldes que n�o acompanharam a orienta��o do governo, mas n�o acenou com o afastamento de Carlos Lupi (PDT), titular do Minist�rio do Trabalho (leia mais na p�gina 4). Afinal, a ideia � atrair aliados, n�o empurr�-los � oposi��o. Por essa raz�o, Vaccarezza tratava ontem as dissid�ncias como “m�nimas e secund�rias”, e cobrava parcim�nia. “Quem pensa em quatro anos tem que dosar as medidas”, disse o l�der do governo na C�mara. J� o ministro de Rela��es Institucionais jogou a tarefa de punir os insurgentes aos l�deres partid�rios.


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