A tropa de choque do governo no Senado trabalha todo este fim de semana para coibir dissid�ncias na Casa durante a vota��o do projeto que reajusta o valor do sal�rio m�nimo para R$ 545. A contabilidade mostra que j� s�o pelo menos 45 votos certos a favor da proposta ditada pelo Executivo. Apesar da vit�ria iminente, os l�deres querem evitar surpresas e mostrar servi�o ao Planalto. Para isso, j� fizeram acordo para garantir vota��o nominal, como foi na C�mara dos Deputados. O l�der do governo, senador Romero Juc� (PMDB-RR), � o articulador da estrat�gia que pretende constranger prov�veis rebeldes e reduzir a expectativa de 15 dissidentes da base aliada na aprecia��o da mat�ria.
Como todo in�cio de mandato, os aliados t�m poucas diverg�ncias e uma lista de demandas reprimidas que est� em tempo de ser negociada. Neste cen�rio, governo e lideran�as da base est�o animados. Acreditam que, a exemplo do que ocorreu na C�mara, a vota��o desta semana ser� a oportunidade de dar uma demonstra��o tanto da temperatura das rela��es de fidelidade do Senado com o Planalto e tamb�m de provar que os l�deres s�o capazes de impor diretrizes aos seus liderados.
O quadro � bom para o l�der do governo. Romero Juc�, que passa o fim de semana em Bras�lia para conversar com os parlamentares, acredita que, amanh�, vai conseguir a aprova��o do pedido de car�ter de urg�ncia para o projeto e, na quarta-feira, tentar� colocar o tema na pauta. “Temos pressa. N�o vou acatar emendas e at� j� fechamos acordo para a vota��o nominal. Acredito que resolvemos tudo nesta semana”, diz o senador, que foi escalado para relatar o projeto.