Partidos menores se movimentam para n�o ficar de fora da sucess�o na PBH

A polariza��o antecipada das discuss�es eleitorais entre PT e PSDB levou quatro partidos menores a se movimentar para n�o ficar de fora da sucess�o municipal de 2012. Apesar de integrarem a base de governo do prefeito Marcio Lacerda, lideran�as do PCdoB, PDT, PR e PRB se reuniram nessa segunda-feira na C�mara Municipal de Belo Horizonte e decidiram formar um movimento suprapartid�rio pelo lan�amento de outras candidaturas � prefeitura. A ideia � fortalecer outras frentes por meio de semin�rios tem�ticos e envolver a sociedade na discuss�o sobre a cidade.

Entre os partidos, dois deles j� declararam a inten��o de lan�ar candidatura pr�pria � administra��o municipal. Em conven��o da Executiva do PCdoB, a deputada federal J� Moraes foi escolhida para representar o partido na disputa. A parlamentar concorreu com Lacerda nas �ltimas elei��es municipais e, no segundo turno, se aliou ao peemedebista Leonardo Quint�o (PMDB). J� o PR teria o deputado federal Lincoln Portela como principal nome, mas conta ainda com outras op��es, como o senador Cl�sio Andrade.

De acordo com a presidente do PCdoB no estado, Belo Horizonte n�o deve repetir a polariza��o das disputas partid�rias nacionais entre petistas e tucanos. “BH � muito mais plural do que Atl�tico e Cruzeiro. Temos o Am�rica, que tamb�m quer ocupar espa�o”, afirmou J�, brincando com a rivalidade dos principais times de futebol mineiros.

Conforme a deputada, ser�o feitos encontros entre os demais partidos para integr�-los na discuss�o sobre Belo Horizonte. “Nesse espa�o devem surgir propostas, debates e articula��es para uma BH mais plural, o que nos coloca em condi��es de apresentar diferentes nomes ou mesmo fazer parte dessa composi��o envolvendo algum desses dois grandes partidos”, afirmou.

Na lista de temas a serem discutidos pelo grupo, que pretende fazer um simp�sio nos pr�ximos meses, entram quest�es como os cortes or�ament�rios do governo federal. “Temos grandes desafios na �rea de mobiliza��o urbana e que estar atentos com programas que n�o podem ser cortados, como o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). Temos que nos articularmos para a pauta em BH”, afirmou. De acordo com J� Moraes, ser�o feitas reuni�es com ministros e representantes dos movimentos sociais da capital n�o ligados a partidos pol�ticos.

O presidente do PR municipal, Leonardo Portela, tamb�m criticou a divis�o de for�as entre PT e PSDB. “N�o queremos que as elei��es municipais sejam um bal�o de ensaio para a disputa ao governo do estado em 2014”, argumentou. Na �ltima semana, o PR ensaiou uma debandada da administra��o de Lacerda, colocando a possibilidade de tornar independente. Portela afirma que, apesar de ser base e ter alguns filiados em quadros municipais, o PR municipal n�o se sente representado institucionalmente. O partido tem o comando da Regional Norte, com um nome indicado por Cl�sio Andrade.

A reforma administrativa foi o estopim para tornar p�blica uma crise entre partidos aliados do prefeito Marcio Lacerda, principalmente entre PT e PSDB, que se uniram h� tr�s anos para eleg�-lo. Agora, os dois partidos dizem ser imposs�vel uma nova alian�a e, no meio deles, Lacerda se recusa a escolher com quem caminhar no pleito. Petistas e tucanos j� demonstraram interesse em apoiar o prefeito desde que o outro n�o esteja junto.