A press�o dos ju�zes federais por aumento salarial pode servir ao governo para dar exemplo �s demais categorias de como vai reagir �s demandas por reajuste neste momento de cortes de despesas e da aprova��o do sal�rio m�nimo. A amea�a de greve e a cria��o de uma poss�vel crise institucional s�o vistas por integrantes do governo como agressivas e exageradas, e o aumento n�o deve ser concedido agora.
Reajustar os rendimentos de todo o Judici�rio neste momento seria um desvio nos planos da presidente Dilma Rousseff de promover um ajuste nas contas p�blicas, dizem integrantes do governo. Al�m disso, o pedido de reajuste para ministros e servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) j� havia sido negado pelo governo.
Os magistrados abriram tr�s frentes para pressionar o governo. No Congresso, negociam a aprova��o do projeto que reajusta em 14 79% o sal�rio dos ministros do STF e, por consequ�ncia, aumenta os vencimentos dos demais magistrados. A Associa��o dos Ju�zes Federais (Ajufe) entrou com um processo no STF para obrigar os presidentes da C�mara e do Senado a colocar o projeto do aumento em vota��o.
Ainda no tribunal, o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy, cobrou um posicionamento do presidente do STF, Cezar Peluso, que encaminhou o pedido de reajuste ao Congresso. “Est� na hora de o Supremo mostrar a sua autoridade. O Supremo precisa cumprir o seu papel como poder do Estado e fazer essa cobran�a”, afirmou Wedy.
Na terceira dessas frentes, os ju�zes conseguiram no Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) garantir a amplia��o de seus benef�cios, como a possibilidade de aumentar seus rendimentos com a venda de 20 dias dos seus dois meses de f�rias anuais. O governo escalou o advogado-geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams, para negociar uma solu��o com a categoria.