
Durante a vota��o do m�nimo, Marinor desafiou o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), e reclamou da discrimina��o do l�der do governo, Romero Juc� (PMDB), que teria quebrado o acordo entre l�deres para vota��o das emendas � proposta. Segundo a parlamentar, os destaques elaborados pelo PSOL n�o foram colocados em vota��o. Insistente, Marinor ouviu a reclama��o de Sarney, mas n�o se calou. “Nao � que estou chegando agora. Tenho 12 anos de mandato,” disse, numa tentativa de rebater as cr�ticas de inexperi�ncia. Ganhou risadas ao tentar chamar a aten��o de Sarney com “estou aqui, sou senadora, senhor presidente”. Ao discutir o regimento interno, que Marinor gabava-se de conhecer, Sarney, em tom ir�nico, comentou que nem ele tinha conhecimento completo sobre as regras de funcionamento da Casa.
Os cr�ticos � postura da senadora afirmam que a “disputa regimental” do m�nimo n�o tinha fundamento e que era s� uma estrat�gia do partido de chamar a aten��o. Marinor e Randolfe Rodrigues (PSOL-PA) tentam quebrar o “mon�logo” na Casa. Ao compar�-la a Heloisa Helena, os servidores da Casa afirmam que a oposi��o da alagoana era fundamentada. A ex-senadora teria ficado um ano estudando o regimento interno para a partir da� come�ar a briga.
Ficha criminal
Aos 51 anos, a professora Marinor, formada em educa��o f�sica, ocupou por tr�s mandatos o cargo de vereadora na C�mara Municipal de Bel�m. No entanto, foi na milit�ncia sindical que fez barulho. Come�ou na d�cada de 1980, participou da funda��o dos sindicato dos trabalhadores da educa��o e depois da confedera��o estadual. Na ficha criminal, ficou o rastro das greves. A parlamentar responde a um processo por desacato � autoridade, desobedi�ncia e instiga��o da ordem p�blica. A a��o corre no Tribunal de Justi�a do Par� e ainda n�o teve decis�o. “� persegui��o pol�tica”, diz Marinor, que aproveita para atacar o “governador do massacre de Eldorado dos Caraj�s”, Almir Gabriel.
Filha de uma costureira, Marinor nasceu em Alenquer e tem sete irm�os. O patrim�nio declarado ao Tribunal Superio Eleitoral (TSE) � de R$ 31,5 mil. O valor � referente a dois carros: uma Parati (R$ 30 mil) e uma Kombi (R$ 1,5 mil)— os anos de fabrica��o n�o foram divulgados.