O professor de Ci�ncia Pol�tica da Funda��o Get�lio Vargas em S�o Paulo (FGV-SP), Marco Antonio Carvalho Teixeira, avaliou que o corte no programa Minha Casa Minha Vida, dos R$ 12,7 bilh�es previstos para R$ 7,6 bilh�es, atingiu uma das prioridades do governo e pode abalar a popularidade da presidente. "O programa era a menina dos olhos de Dilma e � uma primeira indica��o de que o governo n�o est� conseguindo levar adiante parte de seu rol de prioridades. � claro que haver� impacto na opini�o p�blica por conta disso", afirmou.
Para o cientista pol�tico e consultor da ONG Voto Consciente, Humberto Dantas, apesar do impacto negativo, por se tratar de um programa social, Dilma pode reverter a repercuss�o negativa do corte no Minha Casa Minha Vida j� em mar�o, quando a presidente dever� anunciar o reajuste do Bolsa Fam�lia. "� a velha pol�tica do bate e assopra", resumiu. Dantas n�o considera que o corte nas emendas parlamentares, que chegou a 72% do total, deve comprometer a aprova��o de propostas do governo federal no Congresso Nacional. O cientista pol�tico lembra que a libera��o de emendas ocorre ao longo do ano. "O Or�amento n�o � impositivo", afirma. Para Teixeira, ser� preciso acompanhar a partir de agora os desdobramentos pol�ticos desse contingenciamento no Congresso. "Uma coisa foi votar o m�nimo e escolher os presidentes da C�mara e Senado. Outra ser� a rea��o do Congresso a partir desse corte. Os parlamentares costumam reclamar muito", disse. Na avalia��o dele, Dilma foi corajosa ao estabelecer o corte de R$ 50 bilh�es no Or�amento da Uni�o. O especialista ressaltou que o gesto pode significar uma altera��o no modelo administrativo dos governos do PT, que, segundo ele, n�o t�m como marca significativa a ado��o de reformas administrativas. "Houve um exagero de gastos no governo passado. E esse corte mostra uma coragem da Dilma, que a distancia do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva", analisou. "Isso pode criar um novo jeito do PT governar no Brasil, com atua��o mais austera."