
A presidente Dilma Rousseff buscou, durante a reuni�o dessa sexta-feira com representantes das centrais sindicais, tornar o mais ameno poss�vel o clima com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT), presidente da For�a Sindical. L�der do PDT na C�mara, o deputado defendia o sal�rio m�nimo de R$ 560 e liderou um movimento rebelde no partido contra a proposta do governo de R$ 545, que acabou vitoriosa. Depois, em uma entrevista, chegou a xingar petistas. "Voc� � muito reclamador, mas bom sindicalista tem que ser assim mesmo", disse a presidente ao deputado, em tom de brincadeira, sempre segundo relatos. A presidente, que vestia uma roupa cor-de-rosa, tamb�m brincou com o deputado, que usava uma camisa em tom parecido. "Pelo menos, alguma coisa a gente tem em comum."
Apesar do clima ameno, Paulinho fez cr�ticas � pol�tica econ�mica do governo Dilma. Em resposta, a presidente lembrou da campanha eleitoral, quando havia d�vidas sobre seu rigor fiscal. "Na �poca da campanha, eu era uma guerrilheira desenvolvimentista. Agora, falam que eu sou monetarista...", disse.
Na sa�da da reuni�o, Paulinho n�o conseguiu disfar�ar que o afago teve efeito. "Ela serviu caf�, �gua, suco...E disse que vai nos levar para almo�ar com o Obama porque, no governo dela, sindicalista tamb�m tem vez", disse.
Na cerim�nia de assinatura da portaria que garante assentos nas estatais a representantes dos trabalhadores, a presidente lamentou a aus�ncia de Lula, ex-sindicalista. "Falta, sem d�vida, uma pessoa, que � o presidente Lula, porque ele lutou muito por esta lei. Eu sou testemunha da quantidade de vezes que ele perguntava para o Paulo Bernardo: "E a�, � Paulo, a minha... a regulamenta��o da participa��o dos trabalhadores no Conselho das empresas?", disse.
Com a regulamenta��o da lei, as estatais federais com mais de 200 funcion�rios em seus quadros est�o obrigadas a levar um trabalhador aos seus conselhos. Pelas contas do Departamento de Coordena��o e Governan�a das Empresas Estatais (Dest), enquadram-se nesse perfil 59 estatais. Significa dizer que os sindicatos ganharam o direito de indicar quase seis dezenas de "conselheiros".