Dias defende prim�rias no PSDB para elei��o de 2014

O l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias, disse neste s�bado que os problemas em torno das elei��es para a presid�ncia do partido, em maio, refletem na verdade a disputa do projeto pol�tico para 2014. Para Dias, a cria��o de um colegiado de l�deres, que teria a participa��o do ex-governador Jos� Serra, e a manuten��o do deputado S�rgio Guerra (PE) na presid�ncia do partido n�o s�o o foco da diverg�ncia do PSDB. "O que de certa forma estimula o acirramento interno � o projeto 2014, n�o � a presid�ncia do partido", admitiu o senador, ap�s participar da missa em mem�ria do d�cimo anivers�rio de falecimento do ex-governador de S�o Paulo Mario Covas, no Mosteiro de S�o Bento, regi�o central de S�o Paulo. "Eu n�o creio que esse (cria��o de um colegiado) seja o caminho, minha tese � outra." Para contornar as diverg�ncias entre lideran�as tucanas, ele sugeriu a realiza��o de prim�rias para a escolha do candidato do PSDB � Presid�ncia nas elei��es de 2014. Na avalia��o dele, � preciso ampliar a participa��o popular no partido, e as prim�rias seriam a melhor forma para que isso ocorresse. "N�s temos no partido lideran�as extremamente qualificadas e respons�veis, maduras, e isso nos autoriza a pensar na realiza��o de prim�rias para a escolha do candidato para a Presid�ncia da Rep�blica, porque a quest�o � a Presid�ncia da Rep�blica", afirmou. "Se n�s decidirmos sobre o modelo e a estrat�gia para a escolha do candidato a presidente da Rep�blica fica tudo mais f�cil, e a administra��o dos eventuais e leg�timos interesses e pretens�es pessoais ser� muito mais eficiente." O senador defendeu que as prim�rias fortaleceriam o partido, facilitariam a tarefa da legenda de fazer oposi��o e deixariam o processo interno de escolha da dire��o do PSDB mais tranquilo. "Isso seria bom para o fortalecimento do partido e tamb�m para a tarefa de se fazer oposi��o ao atual governo", afirmou. "Um debate que se realiza em prim�rias com a participa��o de candidatos com perfis diferentes proporcionaria uma an�lise mais aprofundada do modelo vigente. Porque h� candidatos que n�o s�o muito agressivos e, ampliando, ter�amos a oportunidade de ter candidatos mais agressivos para desconstruir um patrim�nio que � constru�do muitas vezes atrav�s de mistifica��o e mentira. Eu creio que o partido ganharia muito se adotasse esse modelo." Dias disse que � preciso definir um modelo pr�prio para a realiza��o das prim�rias. "Eu sou adepto das prim�rias porque elas ampliam e democratizam a escolha e a participa��o popular, como ocorre nos Estados Unidos. Evidente que n�s ter�amos que adotar um modelo pr�prio, ter�amos que ousar e certamente n�o dever�amos nos preocupar com o �ndice de participa��o popular nessas prim�rias, e sim com o debate que isso promoveria."