Candidato a vice-presidente da Rep�blica na chapa do tucano Jos� Serra, o ex-deputado Indio da Costa � mais um integrante da ala dos insatisfeitos do DEM que pensa em deixar o partido. Com planos de se candidatar � prefeitura do Rio de Janeiro em 2012, Indio cogita ingressar no PDB, novo partido que ser� fundado pelo prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab. Outra hip�tese seria se filiar ao PSDB, mas, novato entre os tucanos do Rio, o ex-deputado poderia ter dificuldade de viabilizar a candidatura a prefeito.
A disputa presidencial afastou ainda mais Indio dos principais l�deres do DEM no Rio, o ex-prefeito Cesar Maia e seu filho, o deputado Rodrigo Maia, que hoje entrega a presid�ncia do partido ao senador Jos� Agripino. "O que vai definir o futuro de todos do DEM � o espa�o que cada um ter� para crescer regionalmente. Vamos ver se o DEM do Rio vai seguir outro rumo ou se vai continuar sendo um partido cartorial na m�o do Cesar Maia e do Rodrigo Maia. Precisamos ver as condi��es regionais", afirmou �ndio.
O ex-deputado disse que tem conversado com o antigo companheiro de chapa Jos� Serra, mas n�o sobre uma poss�vel mudan�a para o PSDB. "Prefiro n�o sair do DEM, mas depende de o partido ter disposi��o real e concreta de crescer, de se estruturar", disse Indio. Na campanha do ano passado, enquanto Indio se aproximava cada vez mais de Serra, Rodrigo Maia consolidava a parceria com o tucano mineiro A�cio Neves.
Como n�o tem mandato, o ex-candidato a vice-presidente tem mais liberdade para escolher uma nova legenda sem correr o risco de ser processado pelo DEM por infidelidade partid�ria. Assim como muitos democratas que pensam em seguir Kassab, Indio avalia que um novo partido teria a vantagem de estar distante do desgaste do DEM, especialmente depois do esc�ndalo do mensal�o de Bras�lia, e permitiria um discurso de "defesa do Brasil".
No novo partido, Indio teria garantida a candidatura � sucess�o do prefeito Eduardo Paes, embora diga que este n�o seria o fator principal para a mudan�a. "Para mim, a quest�o prim�ria n�o tem a ver com 2012 ou 2014, mas com o fato de espa�o local, de ter um partido que abre espa�o", afirmou o ex-deputado.