A chancela do governo dos Estados Unidos �s pretens�es brasileiras de reformar o Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) n�o deve vir na bagagem do presidente norte-americano, Barack Obama. Mas o Brasil n�o s� n�o espera uma declara��o formal, como n�o considera que o apoio far� uma real diferen�a. O que o governo brasileiro espera de Obama �, de acordo com o chanceler Antonio de Aguiar Patriota, uma rela��o de iguais.
O reconhecimento dessa rela��o � mais importante para o Brasil que uma declara��o qualquer sobre o Conselho de Seguran�a. "Uma manifesta��o dos Estados Unidos n�o vai por si s� afetar dramaticamente o curso dos acontecimentos. A reforma do Conselho de Seguran�a envolve o entendimento nas Na��es Unidas sobre uma s�rie de quest�es espec�ficas", disse Patriota. "Ent�o um discurso dos Estados Unidos sobre o pa�s X ou Y � um dado importante, significativo, uma manifesta��o de respeito pela pol�tica externa de um pa�s, pela sua capacidade de contribuir para a paz e seguran�a internacional, mas n�o � em si mesmo uma panaceia".
Em novembro do ano passado, em visita � �ndia, Obama declarou apoio � pretens�o do pa�s de obter um assento no Conselho de Seguran�a. Junto com Brasil, Alemanha e Jap�o, a �ndia forma o G4, o grupo mais forte de candidatos a novos donos de um assento permanente no conselho.
Em uma confer�ncia de imprensa por telefone na tarde desta quinta-feira, o secret�rio de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisf�rio Ocidental do governo americano, Arturo Valenzuela, afirmou que a administra��o Obama tem o compromisso de dar a real import�ncia �s organiza��es e � coopera��o internacional e reconhece a necessidade de uma reforma na ONU. "Estamos muito conscientes de que a arquitetura das Na��es Unidas que serviu muito bem at� hoje precisa de mudan�as. E como essa mudan�a ser� feita certamente ser� discutida no Brasil", afirmou, mas sem se comprometer com as pretens�es brasileiras.