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Estado de Minas

Dilma segue exemplo, deixado por Lula, de boa conviv�ncia com oposi��o


postado em 18/03/2011 07:12

Dilma, com os afagos � oposi��o, repete Lula. No primeiro ano de governo, e naqueles que se seguiram – mais do que n�o discriminar a oposi��o fechando o cofre, foi o caso de afag�-la. Ao final do segundo mandato, o presidente Lula (PT), saiu do Planalto com popularidade recorde na hist�ria brasileira, deixando tamb�m como legado � sucessora uma oposi��o em flagelos. Adorava repetir: "Eu duvido que tenha um prefeito de qualquer partido nesse pa�s que possa dizer porque eu sou de tal partido o presidente nunca me atendeu´ (...) Qualquer que seja o partido, ou qualquer que tenha sido o prefeito ou o governador, foram tratados em igualdade de condi��es nesse pa�s”.

Governado pelo ent�o rec�m-reeleito tucano, Geraldo Alckmin, o estado de S�o Paulo foi aquele que mais se beneficiou dos investimentos da Uni�o, n�o apenas em n�meros absolutos. Foi tamb�m o estado que logo no primeiro ano do governo petista mais se beneficiou da rela��o previs�o e execu��o or�ament�ria: dos R$ 5,48 bilh�es previstos, foram executados R$ 4,8 bilh�es, 88,14%. No Paran�, Roberto Requi�o (PMDB) conseguiu liberar R$ 1,3 bi, 80,15% dos R$ 1,6 bi previsto. J� o Rio de Janeiro de Rosinha Garotinho (PSB) foram executados R$ 2,16 bi – 80,09% – dos R$ 2,69 bi previstos. � verdade que Requi�o e Rosinha, respectivamente, desde o primeiro turno e no segundo turno, apoiaram o petista. Mas n�o foi o caso de Germano Rigotto (PMDB), governador eleito no Rio Grande do Sul, nem de A�cio Neves (PSDB), governador eleito de Minas, respectivamente quarto e quinto estados no ranking daqueles que em 2003 mais conseguiram receber os investimentos previstos no or�amento.

Da mesma forma, a Bahia e Pernambuco – a primeira de Paulo Souto (PFL), o segundo de Jarbas Vasconcelos, do PMDB de oposi��o a Lula – receberam 71,24% e 70,89% dos investimentos em capital (aquisi��o de bens ou constru��o) e dos recursos destinados � manuten��o dos bens. No conjunto, dos dez estados mais beneficiados pela execu��o or�ament�ria, sete eram de oposi��o.

Quando assumiu em janeiro de 2003, os analistas mais apressados anunciavam dificuldades pol�ticas previstas para o governo Lula, que teria de governar sem a maioria na C�mara dos Deputados e no Senado Federal. O PT havia eleito 91 deputados federais, base que, somada aos demais partidos aliados, alcan�ava 220 cadeiras, um n�mero ainda insuficiente para aprovar leis complementares e emendas constitucionais. No Senado, contava com o apoio de 27 parlamentares, longe da maioria.

O cen�rio pol�tico eleitoral que emergiu das urnas sugeria outro agravante: a oposi��o dos governadores nos maiores estados brasileiros – de S�o Paulo e de Minas – al�m dos governadores de outros nove estados administrados pelo PSDB e pelo velho PFL, hoje DEM. O PMDB, que havia integrado a chapa presidencial derrotada de Jos� Serra (PSDB), tinha conquistado os governos de cinco estados, dois dos quais – em Pernambuco e no Rio Grande do Sul – oposi��o regional ao PT.

Quem se apressou em prever a ingovernabilidade, errou feio. Mas a pol�tica d� voltas. Ao assumir, Lula estreitou a interlocu��o sobretudo com os governadores tucanos. Governadores costumam controlar as bancadas federais. Mais do que isso, dentro do PSDB privilegiou a rela��o com o mineiro A�cio Neves. Antevia o enfrentamento no ninho tucano e, com isso, enfraquecia o advers�rio comum que acabara de derrotar nas urnas.


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