Com discri��o, a Embaixada dos Estados Unidos e o governo do Rio de Janeiro reduziram os esfor�os de divulga��o do discurso de Barack Obama na capital fluminense, frustrando os brasileiros que esperavam ver e ouvir de perto as palavras do presidente americano.
At� as 14 horas, a p�gina da Embaixada Americana no Facebook ainda convidava os brasileiros: "Venha dar as boas-vindas ao presidente Obama!". No mesmo espa�o, usu�rios aproveitavam para expressar a decep��o provocada pelo cancelamento.
O cancelamento do pronunciamento de Obama na Cinel�ndia desarticulou a caravana de alunos da Educafro, ONG que defende a pol�tica de cotas para negros nas universidades brasileiras. Dos nove �nibus que partiriam hoje de Minas e S�o Paulo, apenas um ir� ao Rio. "Com o cancelamento do evento na Cinel�ndia a maioria desistiu de seguir para o Rio", explicou Frei Davi, criador da ONG. Al�m dos estudantes paulistas, outros jovens negros partir�o da periferia do Rio em cinco �nibus.
Quem manteve a viagem ter� a chance de entrar no Teatro Municipal. A Educafro recebeu convites para o teatro onde Obama far� seu discurso. Frei Davi s� n�o revela quantos convites. "Recebi recomenda��o do consulado para n�o revelar o n�mero". Al�m dos sorteados, que devem ser em torno de 30, outros dez alunos j� t�m lugar garantido. S�o jovens negros da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que usar�o camisetas escritas em ingl�s e portugu�s defendendo a pol�tica de cota usando o slogan de Obama na campanha, "Yes, we can".
Admirador de Obama, o banc�rio paulista Paulo C�sar da Silva havia comprado passagens de avi�o de ida e volta para o Rio, apenas para assistir ao discurso do presidente americano, mas desistiu da viagem. Ao saber sobre o cancelamento do evento aberto, desistiu da viagem e reclamou da divulga��o feita pelos organizadores.
"O mais frustrante � que fizeram uma grande divulga��o na internet convidando a popula��o para o evento, que seria aberto. Entendo o esquema de seguran�a necess�rio, mas ent�o deveriam ter evitado criar essa expectativa", lamentou. "Se n�o vou poder acompanhar o discurso, prefiro ficar em S�o Paulo e ver pela televis�o".
Com o cancelamento do discurso aberto, o cerco planejado para a Cinel�ndia foi parcialmente suspenso pelas equipes de seguran�a brasileiras e americanas. O metr�, que ficaria impedido de passar sob a regi�o, poder� funcionar normalmente. O com�rcio tamb�m foi autorizado a abrir as portas, mas a interdi��o das ruas pr�ximas ao Theatro Municipal foi mantida.