Em meio a muitos protocolos de inten��o e acordos com promessas de coopera��o, a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ser� marcada por verdadeira queda de bra�o comercial com a presidente Dilma Rousseff. Confessadamente, Obama vem com um �nico objetivo: aumentar as exporta��es. Dilma, concretamente, dir� que quer vender mais e quer desbastar o megad�ficit comercial, que hoje chega a US$ 7,7 bilh�es.
Na avalia��o de diplomatas, mesmo que as negocia��es n�o redundem em acordos concretos, a visita de Obama tem um efeito colateral de valor incalcul�vel: o marketing em favor do Rio de Janeiro como cidade segura o suficiente para o homem mais visado do mundo passear com a fam�lia. Sede da Olimp�ada de 2016 e uma das cidades a sediar a Copa do Mundo de 2014, o Rio foi intensamente criticado por conta dos problemas de seguran�a. Nos EUA, onde Chicago perdeu a candidatura da Olimp�ada para o Brasil, essa foi uma das maiores cr�ticas.
Obama deve visitar o Corcovado e a Cidade de Deus, al�m de discursar no Theatro Municipal, no centro do Rio. Apesar do intenso aparato de seguran�a, a imagem que ficar�, acreditam os diplomatas, � a do presidente americano e fam�lia apreciando o Cristo Redentor.
Motivos
Fora dos ganhos de marketing para o Rio, um assessor da Presid�ncia resumiu ontem a preocupa��o de Dilma nas conversas com o chefe da Casa Branca: “A presidente vai conversar com Obama sobre com�rcio, e n�o apenas sobre parcerias estrat�gicas”.
Obama assinou ontem um artigo no jornal USA Today em que deixa bem clara a miss�o da viagem pelo Brasil e pela Am�rica Latina: aumentar as exporta��es e arrumar mais empregos na ind�stria dos EUA para os norte-americanos. “Precisamos continuar brigando por cada novo emprego, cada nova ind�stria, cada novo mercado no s�culo 21. Essa � uma das raz�es para a minha viagem � Am�rica Latina nesta semana - refor�ar nossa rela��o econ�mica com vizinhos que ter�o um papel crescente no nosso futuro econ�mico” escreveu o presidente americano.