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Estado de Minas

Dilma Rousseff estreia no jogo global com a visita de Obama


postado em 19/03/2011 08:07

Bras�lia – Em janeiro, t�o logo Dilma Rousseff tomou posse como presidente da Rep�blica, o governo brasileiro entrou em contato com a Embaixada dos Estados Unidos e o Departamento de Estado norte-americano para programar a visita da nova chefe de Estado ao presidente Barak Obama. A resposta foi melhor do que esperavam os diplomatas: "� ele quem faz quest�o de ir ao Brasil". O simples gesto se traduz numa s�rie de simbolismos. O mais forte, segundo analistas e autoridades do governo, � a transforma��o da presidente Dilma em principal interlocutora na Am�rica Latina. "Sabemos que o ponto mais importante da visita � mesmo o Brasil. � o primeiro pa�s da Am�rica do Sul que o presidente Obama visita. S� esse gesto j� se traduz no sucesso da visita", avaliava ontem um alto executivo do governo federal.

Para os diplomatas, os destaques ser�o o encontro privado entre os dois presidentes no Pal�cio do Planalto e o coquetel no Alvorada. At� ent�o, as visitas de Estado de Barak Obama aos pa�ses da Am�rica Latina tinham se restringido ao M�xico. No caso do Brasil, a rela��o do presidente Lula com os Estados Unidos n�o era t�o boa neste governo quanto foi nos tempos em que George W. Bush era presidente. E houve pontos de extrema diverg�ncia, como na crise de Honduras e na quest�o do Ir�, onde os americanos olhavam com certa desconfian�a as declara��es brasileiras em favor do regime de Ahmadinejad. O fato de Dilma ter se posicionado de forma diferente do antecessor no caso Sakineh, a iraniana condenada � morte por apedrejamento, foi visto com bons olhos pelas autoridades norte-americanas. "Abriu-se ali a oportunidade para vir restabelecer uma rela��o prejudicada pelo antecessor. Lula e Obama n�o se davam t�o bem, nem se falavam tantas vezes. Agora, h� a oportunidade de restabelecer o di�logo cara a cara e trazer o Brasil de volta", afirma Thiago Arag�o, analista internacional da Arko Advice.

Da parte do governo brasileiro, entretanto, h� todo o cuidado em afirmar que a visita n�o pode ser vista como ind�cio de guinada na pol�tica externa. Apenas uma "mudan�a de estilo" e de "personalidade", conforme classificam os diplomatas. Mas ningu�m nega a coloca��o privilegiada de Dilma no tabuleiro internacional e como aliada preferencial dos Estados Unidos no Mercosul. E por v�rias raz�es: dos Brics — o grupo Brasil, R�ssia, �ndia e China — o Brasil � �nico ocidental, capaz de uma interlocu��o mais fluida com os americanos. S�o dois pa�ses multinacionais, multirraciais, que t�m elei��es peri�dicas, altern�ncia de poder e uma base de valores comuns. Al�m disso, h� v�rios interesses comerciais de ambas as partes, como o petr�leo do pr�-sal e o etanol.

Dilma tem consci�ncia desses interesses e de seu papel. E, ciente de suas potencialidades pessoais e do pa�s, come�a a montar a agenda internacional. Este m�s, ir� ao Paraguai para comemorar o anivers�rio do Mercosul e receber� o presidente da Venezuela, Hugo Chavez. Em abril, far� ainda uma visita de estado ao Chile, antes da reuni�o dos Brics, na China.

Quanto aos Estados Unidos, h� da parte do governo brasileiro o cuidado em n�o deixar que as discuss�es sobre a inclus�o do Brasil no Conselho de Seguran�a da ONU, ou mesmo as quest�es econ�micas ligadas ao etanol, sejam vistas como ponto de partida para avaliar o sucesso da visita. Afinal, � o primeiro contato mais direto entre Dilma e o presidente dos Estados Unidos. E a vontade de todos � a de que a conversa de hoje no Planalto seja uma estreia positiva de Dilma como "global player".


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