A chegada do presidente Obama imp�e ao Itamaraty a maior fatia das despesas

A vinda do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil movimentou, al�m da agenda pol�tica desta semana no Rio de Janeiro e principalmente em Bras�lia, os caixas dos �rg�os p�blicos federais. O Itamaraty, que oferece hoje um almo�o para cerca de 200 pessoas, que inclui entre os convidados a presidente Dilma Rousseff, ministros, governadores, parlamentares e a comitiva americana completa, ter� as maiores despesas em decorr�ncia da primeira visita do presidente americano ao pa�s. Nos �ltimos dias, Presid�ncia da Rep�blica e unidades do Ex�rcito tamb�m liberaram recursos para garantir que a passagem de Obama pelo Brasil seja um sucesso tanto em termos de estrutura quanto de seguran�a. Muni��o n�o letal, granadas iluminativas e r�dios comunicadores foram comprados pelos militares especialmente para atender � opera��o de seguran�a do presidente americano.

O cerimonial do Minist�rio das Rela��es Exteriores (MRE) n�o informou o custo total do buf� dos servi�os que ser�o prestados hoje. Por�m, dados do Portal da Transpar�ncia mostram algumas despesas. Entre elas o pagamento de R$ 12 mil para a contrata��o de um int�rprete oficial em l�ngua inglesa para fazer tradu��es em audi�ncias da presidente da Rep�blica com autoridades estrangeiras no Brasil e em viagens internacionais. O contrato vai durar um ano. Outros R$ 634 ser�o desembolsados apenas com a aquisi��o de numeradores de mesa utilizados em almo�os e jantares oficiais oferecidos a autoridades estrangeiras.

J� o card�pio do almo�o de hoje n�o ser� salgado para a conta do MRE. Ser�o servidos picanha, feij�o tropeiro e arroz branco. De entrada ser� oferecida uma salada leve e na sobremesa, frutas tropicais cristalizadas. “Nada muito luxuoso. Faremos nos mesmos moldes do que ocorre normalmente com os demais cerimoniais. Temos um contrato de buf� que serve para esses eventos”, afirmou um interlocutor do Itamaraty.

Granadas

O Ex�rcito, que tamb�m est� auxiliando o esquema de seguran�a da visita de Obama, modernizou e renovou parte de seu equipamento para cumprir sua miss�o de seguran�a com efici�ncia. Ontem, o Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista, unidade do Comando Militar do Leste, com sede no Rio de Janeiro, comprometeu R$ 82 mil para a compra de 20 r�dios de comunica��o port�teis. Cada um custou pouco mais de R$ 4 mil. A institui��o tinha feito o mesmo na �ltima quarta-feira. No total, foram comprados 40 r�dios para atender a opera��o de seguran�a.

Na avalia��o do professor de Rela��es Institucionais da Universidade de Bras�lia Ant�nio Ramalho, � fundamental que o Brasil gaste dinheiro para garantir hospitalidade aos visitantes estrangeiros. “A hospitalidade � um dos valores centrais das rela��es internacionais. � l�gico que o dinheiro deve ser gasto com efici�ncia. Temos de transmitir total controle da situa��o. � uma quest�o moral, de princ�pio. Se os recursos n�o fossem gastos, uma visita dessa import�ncia nem ocorreria”, afirma.

Mas h� tamb�m servi�os de rotina que antecedem a vinda de um convidado ilustre que n�o entram no c�lculo global do valor desembolsado pelo governo brasileiro. Pintura de meios-fios, opera��o tapa-buracos, limpezas de edif�cios e opera��es de treinamento de seguran�a est�o entre os trabalhos fundamentais realizados, mas imensur�veis. Dilma ainda dar� uma cole��o de fotos art�sticas do Rio de Janeiro como presente do governo brasileiro a Obama. A cerim�nia de troca de presentes faz parte do protocolo de visitas dos chefes de Estado e de governo.