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Estado de Minas

Obama admite que o Brasil � o futuro


postado em 20/03/2011 07:15 / atualizado em 20/03/2011 07:59

(foto: REUTERS/Kevin Lamarque)
(foto: REUTERS/Kevin Lamarque)
Uma visita para definir marcos gerais, marcada por conversa cordial, mas franca. Assim pode ser sintetizada a agenda do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com a presidente Dilma Rousseff. Foram 11 horas e 35 minutos em Bras�lia, na primeira passagem do l�der da principal pot�ncia mundial pelo pa�s. Apesar da novidade do contato, a presidente n�o se furtou ao direito de colocar o dedo na ferida que permeia as rela��es diplom�ticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos e ressaltou a "ret�rica vazia" que marcou o di�logo das duas na��es "no passado".

Dilma reivindicou o fim de medidas protecionistas que prejudicam o com�rcio de carne bovina, algod�o, laranja e etanol no mercado americano e cobrou uma vaga brasileira no Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas. "Temos pleiteado a amplia��o do Conselho de Seguran�a da ONU. Aqui n�o nos move o interesse da ocupa��o burocr�tica da representa��o. O que nos mobiliza � a certeza de que um mundo multilateral produzir� benef�cios para a paz e harmonia entre os povos." A pung�ncia do discurso de Dilma agradou a aliados e opositores.

A sinceridade da declara��o p�blica foi mantida durante a reuni�o fechada entre os chefes de Estado e ministros dos dois pa�ses. Com o argumento de que antes do apoio definitivo dos EUA para que o Brasil conquiste assento no Conselho de Seguran�a � preciso "ampliar" as regras de participa��o no �rg�o, a presidente voltou a tocar no assunto, mas n�o ouviu de Obama nenhuma sinaliza��o positiva. "Gostar�amos que houvesse um apoio mais enf�tico, mas houve um avan�o em rela��o �s posi��es anteriores dos EUA", afirmou Marco Aur�lio Garcia, assessor da Presid�ncia para Assuntos Internacionais.

Garcia contou que durante a conversa Dilma "insistiu" na necessidade de os Estados Unidos aceitarem a cria��o de mecanismos para garantir maior equil�brio entre o com�rcio das na��es e que a presidente foi assertiva ao dizer a Obama que a pol�tica monet�ria dos EUA cria "complicadores", pois tem influ�ncia sobre a pol�tica cambial. Diante dos assuntos espinhosos, o presidente americano apenas "tomou nota", segundo o assessor para Assuntos Internacionais. "N�o est�vamos condicionando a viagem a isso. A viagem tem import�ncia em si, � a primeira viagem � Am�rica do Sul, em um governo rec�m-iniciado". De concreto, Obama anunciou o acordo de interc�mbio entre institui��es de ensino americanas e brasileiras que podem beneficiar 100 mil estudantes e professores.

Os 10 acordos internacionais assinados ontem n�o representam compromissos definitivos, observam analistas de pol�ticas internacionais. Mas os documentos t�m valor simb�lico para definir uma agenda de negocia��o entre o Brasil e os Estados Unidos. Obama precisa do aval do Congresso para bater o martelo sobre mudan�as nas rela��es exteriores. O car�ter simb�lico da visita � aplaudido pelos especialistas. Ao decidir manter a programa��o de visita ao pa�s durante o conflito da L�bia, Obama demonstrou que tem interesse em voltar energias para melhorar a rela��o com a Am�rica do Sul. Se o presidente americano decidisse desmarcar a visita para dar aten��o aos conflitos internacionais, a mensagem seria negativa. Ao manter o compromisso, Obama "elegeu" o Brasil como pot�ncia n�o somente regional, mas mundial e deu ao pa�s status de representante formal da Am�rica do Sul na comunidade internacional.

No almo�o do Itamaraty, a presidente demonstrou especial interesse pelo modelo de sa�de americano. Obama explicou em detalhes o funcionamento do sistema de financiamento do setor e contou que o Congresso analisa mudan�as para incrementar os recursos da �rea.


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