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Estado de Minas

Discurso de apre�o por Brasil em conselho da ONU � visto como avan�o


postado em 21/03/2011 08:20

A candidatura do Brasil para um assento permanente no Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) segue sem o apoio da maior pot�ncia global, os Estados Unidos. Em novembro, ao visitar a �ndia, o presidente norte-americano, Barack Obama, endossou a reivindica��o do pa�s, id�ntica � brasileira. No s�bado, quando esteve em Bras�lia, Obama limitou-se a uma declara��o oficial de “apre�o” � aspira��o do Brasil. Ao contr�rio do que possa parecer, por�m, isso n�o provocou grande frustra��o, segundo especialistas em rela��es internacionais. De um lado, os Estados Unidos avan�am um passo em dire��o ao apoio. De outro, a diplomacia brasileira adapta o discurso das expectativas. “O Brasil � a favor da reforma do Conselho em primeiro lugar, depois de sua candidatura”, afirmou o assessor para assuntos internacionais da Presid�ncia da Rep�blica, Marco Aur�lio Garcia.

Luiz Felipe Lampreia, que foi ministro das Rela��es Exteriores no governo Fernando Henrique Cardoso, analisou o discurso do presidente norte-americano de forma otimista. “Os Estados Unidos nunca havia sido t�o incisivos”, disse ontem o ex-diplomata logo ap�s sair do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na avalia��o de Lampreia, houve uma guinada nos rumos da diplomacia brasileira com o governo Dilma Rousseff em rela��o ao antecessor, Luiz In�cio Lula da Silva. Ele acredita em grandes avan�os nas rela��es entre Brasil e Estados Unidos. “Lula tomou decis�es pol�micas e acho que os EUA optaram por passar por cima disso ao demonstrar simpatia � candidatura do pa�s ao Conselho”, completou.

Para o soci�logo Dem�trio Magnoli, a declara��o do presidente norte-americano passou longe de decepcionar. “Obama foi al�m da expectativa razo�vel”, disse. Ele destacou que a pol�tica externa de Lula s� afastaou o Brasil do Conselho de Seguran�a, sobretudo pela aproxima��o com ditadores. “O Brasil tem conquistado notoriedade no cen�rio geopol�tico global com o crescimento econ�mico”, adicionou, o que credencia a reivindica��o brasileira. “O Conselho � hoje anacr�nico, reflete um mundo de quando ele foi criado, em 1945”, criticou o soci�logo. Segundo ele, a entrada de mais pa�ses, como Jap�o, Alemanha, �ndia e Brasil, � mais do que razo�vel e n�s temos chances de alcan�ar esse objetivo. “No entanto, o Brasil tem de romper v�rios obst�culos”, afirmou.

Discurso no Itamaraty


No s�bado, em almo�o no Itamaraty, ao falar para empres�rios e pol�ticos, Obama disse ser favor�vel � reforma da inst�ncia da ONU, mas n�o declarou apoio na forma incisiva que esperava parte da diplomacia brasileira. O Conselho tem 15 membros. Apenas cinco s�o permanentes e com direito a veto: Estados Unidos, Fran�a, Reino Unido, R�ssia e China. Os demais s�o rotativos e t�m mandatos de dois anos.

O ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos Roberto Abdenur est� entre os que esperavam claro apoio norte-americano a vaga no Conselho de Seguran�a. Mas tampouco se decepcionou. “Uma declara��o mais forte teria sido o ideal. Mas, do ponto de vista diplom�tico, o foi bastante representativo. � um avan�o consider�vel”, afirmou. “O apoio para um trabalho na reformula��o do Conselho � um compromisso importante dos EUA”, completou.

Os recados dados pelos presidentes Dilma e Obama v�o al�m do pedido de apoio pela conquista de uma cadeira permanente, segundo o professor de rela��es internacionais do Ibmec-DF Creomar Souza. “Eles simbolizaram o anseio do Brasil em obter o reconhecimento de seu potencial pol�tico e econ�mico por parte de um dos maiores atores do cen�rio internacional”, avaliou.


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