Com um passado de condena��es de colegas por casos semelhantes ao de Jaqueline Roriz (PMN-DF), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) vai conduzir a investiga��o sobre o tema de forma a "contextualizar" as imagens que mostram a deputada recebendo um pacote de dinheiro do ex-secret�rio de Rela��es Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, delator do "mensal�o do DEM". Sampaio foi indicado hoje pelo presidente do Conselho de �tica, Jos� Carlos Ara�jo (PDT-BA), para relatar o processo que ser� instaurado amanh� contra a deputada.
O deputado promete ter uma postura equilibrada. "N�o se pode prejulgar ou achincalhar algu�m antes de um processo, antes de analisar as provas. O papel do Conselho � de julgar e temos de nos posicionar como magistrados", afirmou.
O relator adianta que vai avaliar tamb�m se � poss�vel julgar a parlamentar pelo fato de as imagens gravadas serem anteriores ao mandato. Sampaio lembra que j� participou de dois casos em que houve julgamentos de casos anteriores ao mandato, do ex-deputado estadual Hanna Garib e do ex-deputado federal Pinheiro Landim. Em ambos os casos, o Judici�rio deu respaldo � investiga��o e ambos acabaram cassados.
Sampaio, por�m, afirma que � preciso ver se o caso de Jaqueline Roriz pode ser enquadrado da mesma forma que os anteriores. Ele lembra que no caso de Pinheiro Landim ele j� era deputado federal, ainda que em outra legislatura, e no caso de Hanna Garib o entendimento � que ele continuou praticando o mesmo ato ap�s assumir o mandato como deputado estadual.
Promotor de Justi�a, o relator tem um hist�rico de posi��es firmes em casos semelhantes. Ele foi o relator do processo contra o ex-deputado Pedro Corr�a na �poca do mensal�o do PT, em 2005. Corr�a acabou cassado pelo plen�rio com base em um relat�rio de Sampaio, que apontava a pr�tica de caixa dois pelo colega. Na sua �nica manifesta��o at� agora sobre as imagens, Jaqueline Roriz afirmou justamente que o dinheiro recebido de Durval era para caixa dois de campanha eleitoral.