O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, foi nessa quarta-feira ao Congresso a fim de se reunir com a bancada de senadores do PMDB para discutir a reforma pol�tica. Temer � um dos principais articuladores da ado��o do chamado "distrit�o" - voto majorit�rio para deputados federais - nas pr�ximas elei��es.
No entanto, a proposta tem o apoio das principais lideran�as da sigla. O l�der da bancada, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o "PMDB caminha para apoiar o voto majorit�rio (distrit�o)". Se a proposta avan�ar e, eventualmente, for aprovada pelo Congresso, poderia ser aplicada j� nas elei��es municipais de 2012, como desejam os seus defensores. Nesta hip�tese, seriam eleitos os vereadores mais votados conforme o n�mero de vagas, sem aplica��o do coeficiente eleitoral.
Temer usou o exemplo de S�o Paulo, que tem 70 vagas para deputado federal na C�mara, para explicar como funcionaria o "distrit�o". "Seriam eleitos os 70 mais votados. N�o ocorreriam casos como um deputado que alcan�ou mais de 100 mil votos e n�o se elegeu, enquanto outro com 200 votos se elege. O povo compreender� o distrit�o com muita tranquilidade", afirmou.
Ao final da reuni�o com Temer, dois peemedebistas, Roberto Requi�o (PR) e Luiz Henrique (SC), mantiveram as posi��es contr�rias ao distrit�o. No entanto, a senadora Ana Am�lia (PP-RS), que ontem votou contra esse sistema na comiss�o especial da reforma pol�tica, se declarou convencida por Temer a apoiar o distrit�o. O PP faz parte do bloco liderando pelo PMDB no Senado. O presidente do PP e l�der da comiss�o de reforma pol�tica, Francisco Dornelles (RJ), tamb�m apoia esse sistema.