Dilma defende aprova��o da Comiss�o da Verdade

Em entrevista ao jornalista da emissora portuguesa TV Sic, Miguel Sousa Tavares, a presidente Dilma Roussef disse, a tarde desta quarat-feira, que "� muito importante" que o Congresso aprove a Comiss�o Nacional da Verdade, que ir� apurar e acompanhar as den�ncias de viola��es de direitos humanos cometidas durante o regime militar no Brasil. "Eu confio que ser� aprovada. Eu confio no meu apoio parlamentar", declarou Dilma na entrevista, que durou cerca de 45 minutos e ser� exibida no domingo.

Miguel Tavares perguntou tamb�m a Dilma sobre a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao pa�s. Segundo ele, a presidente demonstrou frustra��o com a visita e uma decep��o com as discuss�es e os resultados em rela��o �s quest�es aduaneiras. Questionada se ficou chateada pela declara��o de guerra � L�bia ter ocorrido quando Obama estava aqui no Brasil, a presidente comentou: "eu n�o gosto de declara��o de guerra onde quer que seja".

Ao ser indagada sobre os problemas que os governantes brasileiros enfrentam por terem grande popularidade mas pouco apoio no Congresso, precisando negociar a cada vota��o, a presidente Dilma, segundo o jornalista, concordou que � um problema s�rio ter de negociar a cada vota��o. Dilma comentou ainda que, quando um governante assume o poder, ele tem de tomar medidas duras nos primeiros meses, citando, em seguida, a decis�o de manter o sal�rio m�nimo em R$ 545 e determinar o corte no or�amento de R$ 50 bilh�es.

Dilma, questionada sobre sua rela��o com figuras pol�micas como Jos� Sarney, presidente do Senado, e Fernando Collor, presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores, do Senado, falou de sua rela��o institucional com eles, justificou que quem estiver de acordo com o seu projeto pol�tico ser� bem vindo. E emendou: "o Brasil � um pa�s de grandes diversidades e quem n�o entender estas diversidades n�o pode governar um pa�s como o Brasil".