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Estado de Minas

Partidos tentam blindar ministros na divis�o de comiss�es na C�mara


postado em 26/03/2011 09:11

Depois de mais de um m�s de negocia��es e acordos, alguns dos maiores partidos conseguiram se distribuir nas comiss�es permanentes de forma a ocupar a maioria das cadeiras em colegiados conectados aos minist�rios que comandam. Estrat�gia capaz de ditar pautas de vota��es e at� blindar os ministros em casos de esc�ndalos e den�ncias. As legendas mais bem-sucedidas na estrat�gia foram PT, PR e PMDB.

Os petistas trocaram as vagas de outras comiss�es para garantir quase o dobro dos postos a que tinham direito na Comiss�o de Educa��o e Cultura. A ideia tratada nos bastidores era criar um cen�rio capaz de evitar que crises como a do vazamento das provas do Enem, que quase derrubaram o ministro Fernando Haddad no ano passado, sejam abortadas e desidratadas no Congresso.

Gra�as ao troca-troca, o PT conseguiu passar de cinco para nove vagas na comiss�o de Educa��o e virou a maior bancada do colegiado, com quase duas vezes mais integrantes do que as demais. Para chegar ao saldo confort�vel, a legenda recebeu “doa��es” do PDT, PRB, PP e PSC.

“Esse quadro foi formado em fun��o da demanda dos pr�prios deputados. Muitos vieram me procurar pedindo vaga no grupo porque s�o ligados ao setor. Muitos s�o educadores. O fato de termos o ministro do PT coincidiu com o interesse dos parlamentares”, diz o l�der petista na C�mara, Paulo Teixeira (SP). Das quatro vagas que os petistas ganharam de outras legendas, contudo, apenas uma foi ocupada por um educador. Duas est�o com economistas e uma com um m�dico.

Cobertura

Com o comando do Minist�rio dos Transportes nas m�os e um Or�amento de cerca de R$ 16 bilh�es, mesmo depois dos cortes anunciados pelo Executivo, o PR conseguiu quadruplicar as vagas que ocupa na Comiss�o de Transporte e Avia��o. Depois de receber doa��es de v�rios partidos — principalmente do PT, que cedeu duas das cinco vagas a que tinha direito — a legenda passou de duas para oito vagas no colegiado e ficou com quase tr�s vezes mais representantes do que a maioria das legendas. O espa�o � suficiente para influenciar vota��es e abafar esc�ndalos de den�ncias referentes ao ministro Alfredo Nascimento, ou � execu��o de obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), frequentemente citadas em relat�rios de auditorias do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).

“Acho a palavra blindagem forte. Eu diria que nossa inten��o ao ocupar esse espa�o na comiss�o foi dar cobertura �s demandas do Minist�rio do Transporte e garantir o tr�nsito livre dos parlamentares � pasta. � uma via de m�o dupla. N�o havia como eu negar uma vaga para os parlamentares da legenda que as pleiteavam. O PR � repleto de pessoas ligadas ao setor. Da� nosso interesse”, explica o l�der Lincoln Portela (MG).

Doa��es

Tamb�m alegando coincid�ncias entre o comando dos minist�rios que conseguiram receber da presidente Dilma Rousseff e a articula��o para ter maioria dos integrantes de colegiados ligados �s pastas, o PMDB foi bem sucedido no esfor�o pelas cadeiras da Comiss�o de Minas e Energia e de Seguridade Social. No primeiro caso, a legenda conseguiu tr�s doa��es e passou para oito integrantes: o dobro das demais legendas. A atua��o dos deputados no grupo pode aumentar ou reduzir o tamanho de crises como a dos apag�es no Nordeste, que colocam em xeque a gest�o do ministro peemedebista Edison Lob�o (MA). No segundo caso, a pol�mica e problem�tica pasta da Previd�ncia Social est� nas m�os do indicado da legenda, senador Garibaldi Alves (RN). O PMDB conseguiu sete cadeiras, gra�as �s doa��es de PV e PSC.


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