Depois de tra�ar um caminho err�tico para concretizar a desfilia��o do DEM e cria��o de um novo partido, o prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab, anunciou ontem ter desistido da ideia de fundir o PSD ao PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ele alegou que o nascente Partido Social Democr�tico ganhou musculatura pr�pria, com apoio concreto em nove estados e deve chegar ainda neste m�s a 14.
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At� agora, o PSD ganhou ades�o de pol�ticos origin�rios de uma gama de partidos como DEM, PMN e PP. Entre os apoiadores, al�m de Katia Abreu, representante dos ruralistas no Congresso, est�o o vice-governador da Bahia, Otto Alencar (PP), aliado do PT; o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN); o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PMN).
Al�m de descartar a fus�o, Kassab afirmou ainda que n�o pretende transformar o PSD em mais uma legenda da base governista da presidente Dilma Rousseff. Limitou-se a sustentar que quer ajud�-la no Congresso. O recado � uma forma de atrair novos pol�ticos com postura oposicionista. O principal deles, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM).
Serra
Para a sua sucess�o em S�o Paulo, Kassab classificou o ex-governador e candidato derrotado � Presid�ncia Jos� Serra como melhor nome. “Seria bom para a cidade e eu o apoiaria, mas ele (Serra) n�o quer”, afirmou. Por isso, o administrador da capital j� lan�ou uma lista tr�plice: o atual vice-governador Guilherme Afif Domingos, que era do DEM e anunciou que ir� ao PSD tamb�m; o atual secret�rio do Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), que at� 2002 era filiado ao PT; e Fernando Vidal, ex-secret�rio estadual de Planejamento.
Kassab disse n�o ver o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como advers�rio, evitou comentar a alfinetada que o tucano deu no novo partido, mas admitiu que o novo partido vai competir na faixa do eleitorado que se espelha no PSDB. “� o direito dele de divergir. N�o tem cabimento achar que todos v�o concordar comigo”, afirmou. “O PSD vai ser um partido voltado para a classe m�dia”, disse, classificando Afif, com origem nas organiza��es de com�rcio, como a ess�ncia da classe m�dia.
Cronologia da nova legenda
In�cio
No dia seguinte ao fim do segundo turno da elei��o presidencial, o prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab, admite que gostaria de deixar o DEM. A primeira ideia seria formar um partido com parte de insatisfeitos do PMDB e do DEM, resgatando a sigla hist�rica MDB.
Avan�o
Duas semanas depois, a ideia de refunda��o do antigo MDB com figuras do antigo PFL naufraga e abre-se a discuss�o sobre a filia��o de Kassab ao PMDB. O prefeito gosta da ideia e j� passa a admitir abertamente a sa�da do DEM.
Vis�o
A ideia de Kassab � ocupar um espa�o no PMDB paulista aberto com a morte do ex-governador Orestes Qu�rcia. O maior esp�lio do partido � o tempo de televis�o, essencial para uma candidatura competitiva ao governo de
S�o Paulo em 2014.
Decep��o
O DEM, em meados de janeiro, engrossa a cr�tica a Kassab e diz que vai lutar na Justi�a contra a desfilia��o. Surge em fevereiro a ideia de um novo partido, o que � permitido pela Justi�a Eleitoral.
Fus�o
Depois de muito namoro, Kassab desiste de fundir a nova agremia��o ao PMDB por considerar a tarefa imposs�vel. Para ser aprovada, a uni�o das legendas precisaria ter apoio dos mais de 5 mil diret�rios municipais do PMDB.
PSB
O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, conversa com Kassab e oferece para ele a legenda. O prefeito abre negocia��o com os socialistas e busca sa�da jur�dica para legalizar a desfilia��o do DEM.
PDB
O primeiro nome da nova agremia��o � Partido da Democracia Brasileira, considerado apenas uma ponte para a fus�o com o PSB de Eduardo Campos
Repagina��o
No m�s passado, o PDB vira PSD e Kassab diz a aliados que estuda a ideia de levar a legenda para frente e n�o se fundir mais com o PSB.
Decis�o
Em abril, Kassab anuncia que abandonou a ideia de fus�o por considerar que o PSD ganhou musculatura e dever� estar bem em 14 estados. At� agora, o partido j� tem nomes fortes em nove.