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Estado de Minas

Primeiros 100 dias do governo Dilma recebe queixas e elogios em BH


postado em 10/04/2011 07:07

A hist�ria dos 100 dias do governo de Dilma Rousseff (PT), conclu�dos hoje, tem caras, nomes e sobrenomes. Gente beneficiada, ou que se sentiu prejudicada pelo que foi feito nesses pouco mais de tr�s meses da posse da primeira mulher na Presid�ncia da Rep�blica do Brasil. Com comportamento mais reservado que o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Dilma n�o perde de vista o legado do antecessor e, com a infla��o em ronda, ter� que dosar recursos e prioridades sociais para manter o governo engrenado.

A dom�stica Greciene Moreira dos Santos, de 24 anos, est� no grupo dos que, at� o momento, n�o reclamam do governo Dilma. Moradora do Bairro Hava�, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, dever� ser inclu�da no Programa Rede Cegonha, lan�ado h� cerca de 20 dias para acompanhamento a gestantes. � espera do terceiro filho, Greciene aprendeu da pior forma poss�vel a import�ncia do chamado pr�-natal.

“A minha primeira gravidez foi de g�meos, h� nove anos. Um morreu aos quatro meses de idade, de problemas no cora��o. Acredito que o beb� tenha falecido porque n�o tive um acompanhamento adequado na gesta��o”, diz. Enquanto aguarda o encaminhamento para o Rede Cegonha, Greciene, gr�vida de tr�s meses, faz o pr�-natal na rede municipal de sa�de.

Falar mal da presidente Dilma perto da dona de casa Silvani Feliciana Oliveira Morais tamb�m pode ser perigoso. Moradora do Bairro Sapucaias, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, ela p�de, este ano, colocar o filho em uma creche inaugurada no dia 27. Os recursos para a constru��o da escola infantil, que tem capacidade para atender 290 crian�as entre 0 e 5 anos, foram repassados pelo governo federal (R$ 941 mil) com contrapartida da prefeitura (R$ 665 mil), segundo dados da assessoria de comunica��o da Prefeitura de Contagem. “N�o fosse essa creche, meu filho s� iria estudar quando completasse 6 anos de idade. Adorei a escola. � confort�vel. Est� sendo um privil�gio muito grande", disse Silvani.

Obra Enquanto a dona de casa tem Dilma em alta conta, o subchefe de se��o de corte de couro Wellison Ferreira, de 41 anos, j� olha ressabiado a presidente. Morador do Pompeia, Regi�o Leste de Belo Horizonte, ele teme que uma importante obra de seu bairro n�o seja conclu�da t�o cedo: a canaliza��o e urbaniza��o da Avenida Bel�m, cortada por c�rrego de mesmo nome, parou a metros de sua resid�ncia.

Wellison afirma j� ter sido avisado por funcion�rios da prefeitura que a obra s� vai continuar se forem liberados recursos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), que acabou entrando no corte de R$ 50 bilh�es no or�amento anunciado h� cerca de dois meses pelo governo. “Acho que a canaliza��o acaba saindo. Estamos a cinco minutos do Centro da cidade. Com a Copa do Mundo chegando, n�o v�o deixar isso do jeito que est�”, afirma o esperan�oso morador do Pompeia. A Secretaria de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte, que alocou recursos na primeira fase da revitaliza��o da Avenida Bel�m, confirmou n�o haver previs�o de recursos federais para o restante do c�rrego.

O dono de supermercado Felipe Valentim teria tudo para ser um dos atingidos, por fogo cruzado, na guerra do governo federal contra a infla��o, que vem crescendo sobretudo entre os alimentos. At� o momento, no entanto, o empres�rio est� ileso. Tudo gra�as a uma velha t�tica utilizada pelos consumidores. “Ningu�m deixa de comprar, principalmente comida. O que ocorre � a compra de produtos mais baratos de outras �reas, como cosm�ticos. Por exemplo, deixam de comprar um sabonete um pouco mais caro e levam um mais barato”, conta o empres�rio.

Ao comentar o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de mar�o, que ficou em 0,79%, bem acima do 0,45% esperado pelo governo federal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o percentual teve a ver com o regime de chuvas. Quanto mais intenso o per�odo das �guas, maior a tend�ncia de eleva��o nos pre�os sobretudo dos legumes, hortali�as e verduras.

O ministro pode at� tentar justificar, mas vai ter que fazer mais que isso para evitar a braveza da estudante Priscila Vieira, de 19 anos, frequentadora de um dos sacol�es do Bairro Boa Vista. “Tudo subiu muito. O br�colis, que custava R$ 2, est� a R$ 3. A vagem, apesar de o pre�o j� ter ca�do, hoje est� a R$ 1,50, chegou a R$ 4”, aponta.

Por enquanto s�o cem dias. Em quatro anos, o movimento dos sacol�es e supermercados, os sapatos sujos ou limpos dos moradores de �reas ribeirinhas e a sa�de de mam�es e beb�s v�o dizer se a primeira mulher a assumir o comando do pa�s ter� chances de manter sob seu controle o tim�o da nau brasileira.

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