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Estado de Minas

Brics realizam c�pula na China para confirmar novo estatuto mundial


postado em 13/04/2011 13:25 / atualizado em 13/04/2011 13:27

Os grandes pa�ses emergentes (Brics: Brasil, R�ssia, �ndia, China e, pela primeira, vez �frica do Sul) realizam nesta quinta-feira, em Hainan (sudeste), uma c�pula centrada nas grandes quest�es internacionais, que deve confirmar seu crescente peso na esfera mundial.

O presidente chin�s Hu Jintao recebe na ilha seus colegas Dilma Rousseff - que iniciou na segunda-feira uma visita bilateral � China antes da c�pula BRICS -, o russo Dmitri Medvedev, o sul-africano Jacob Zuma e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh.

A c�pula ser� realizada na esta��o balne�ria de Sanya, onde os l�deres dos BRICS devem analisar v�rios temas internacionais, entre eles a crise na L�bia. A pol�mica quest�o da cota��o do iuane chin�s n�o est� oficialmente na agenda.

"A c�pula marcar� a entrada da �frica do Sul no grupo, o que ampliar� a representatividade geogr�fica do mecanismo no momentos em que se busca, no plano internacional, a reforma do sistema financeiro e, de modo geral, maior democratiza��o da lideran�a global", indicou o Minist�rio das Rela��es Exteriores brasileiro em um comunicado.

Esta c�pula pode permitir � China, segunda maior economia do mundo, impor-se como l�der dos emergentes e como contrapeso � influ�ncia dos pa�ses industrializados, consideram os analistas.

O banco de neg�cios Goldman Sachs inventou em 2001 a sigla BRIC, em refer�ncia ao crescente peso das quatro economias emergentes. A China convidou a �frica do Sul a se juntar ao grupo no final do ano passado.

Os cinco pa�ses, que contam hoje em dia com mais de 40% da popula��o mundial, representar�o 61% do crescimento do planeta em 2014, de acordo com estimativas do Fundo Monet�rio Internacional (FMI).

Entre 2003 e 2010, o crescimento dos pa�ses BRICS representou cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, segundo dados divulgados pela Chancelaria brasileira.

No mesmo per�odo, o com�rcio entre Brasil e os outros BRICS aumentou 575%, passando de 10,71 bilh�es de d�lares em 2003 para 72,23 bilh�es em 2010. O com�rcio total entre os BRICS passou de 38 bilh�es de d�lares em 2003 para 143 bilh�es em 2009 e uma estimativa de 220 bilh�es em 2010, segundo as mesmas fontes.

"Os fatores essenciais nos quais os BRICS ser�o capazes de atuar � na melhoria da visibilidade e no aumento da influ�ncia das pot�ncias emergentes", afirmou � AFP o especialista Andrew Kenningham, economista da Capital Economics.

A chegada da �frica do Sul aos BRICS �, sobretudo, simb�lica no plano pol�tico, porque a maior economia africana representa apenas a d�cima sexta parte da economia chinesa, ressaltou Kenningham.

Em rela��o � agenda, o ministro adjunto chin�s das Rela��es Exteriores, indicou � imprensa que a situa��o da L�bia "seria um dos grandes temas de debate dos BRICS".

A �frica do Sul foi o �nico pa�s dos BRICS a aprovar a resolu��o da ONU autorizando "todas as medidas necess�rias" para proteger os civis na L�bia e que abriu caminho para os ataques efetuados por uma coaliz�o ocidental.

Para Shi Yinhong, professor de Rela��es Internacionais da Universidade Renmin, a c�pula de Hainan ter� que dar lugar a um consenso sobre esta quest�o.

"Podem pedir um cessar-fogo, uma solu��o pac�fica e fazer um apelo � comunidade internacional e �s Na��es Unidas para que adotem medidas humanit�rias", disse.

Os pa�ses BRICS aproveitar�o tamb�m sua c�pula para conversar sobre sua contribui��o para a reforma do sistema monet�rio internacional, explicou Wu.

As quest�es que suscitam problemas, como a cota��o do iuane ou a reforma do Conselho de Seguran�a da ONU, n�o devem ser abordadas, ou ser�o apenas nos bastidores.

O Brasil queixa-se da fraca cota��o do iuane, que provoca desequil�brios no plano comercial.

Brasil e �ndia querem se tornar membro permanente do Conselho de Seguran�a da ONU, pretens�o apoiada por R�ssia, mas n�o pela China.

A segunda c�pula dos BRICS (com quatro membros), realizada no Brasil no ano passado, terminou conclu�da com um apelo � cria��o de uma ordem mundial "mais justa". A primeira tinha sido realizada em Ekaterimburgo (R�ssia) em 2009.

A China n�o deu muitas indica��es sobre o desenvolvimento desta terceira c�pula que, depois de ter sido anunciada a princ�pio para dois dias, parece se limitar por fim a apenas um dia na quinta-feira.

Fontes brasileiras indicaram que os dirigentes se reunir�o pela manh� para elaborar uma declara��o conjunta antes de se dedicarem a reuni�es bilaterais � tarde.


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