
O governador Antonio Anastasia (PSDB) recuou da decis�o de nomear dois 'fichas-sujas' para cargos no governo de Minas e exonerou, na tarde desta quinta-feira, o ex-deputado federal Edmar Moreira (PR-MG) e o ex-vereador Wellington Magalh�es (PMN).
Edmar Moreira, mais conhecido como o ''deputado do castelo'', havia sido indicado pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) para a vice-diretoria da Minas Gerais Participa��es S.A (MGI), empresa da administra��o indireta vinculada � Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais. A nomea��o veio � tona no in�cio da semana e causou pol�mica. Apesar de n�o ter sido enquadrado nos crit�rios da Lei da Ficha Limpa, a indica��o n�o foi vista com bons olhos porque, al�m de ser r�u em um processo por falsidade ideol�gica, Moreira tamb�m teve a reputa��o manchada quando sonegou � Receita Federal a posse de um castelo, localizado no Sul de Minas Gerais.
Durante sua passagem pela C�mara, Moreira tamb�m causou pol�mica quando assumiu o cargo de Corregedor-Geral da Casa e prop�s a extin��o do Conselho de �tica. Nesta quarta-feira, Anastasia chegou a defender a indica��o do ex-deputado. "O procedimento foi cumprido de acordo com a legisla��o e o fato est� colocado'', afirmou o governador. O governo de Minas n�o apresentou nenhuma justificativa sobre a mudan�a de posicionamento.
J� Wellington Magalh�es, vereador que teve seu mandato cassado no ano passado, ocupava desde mar�o deste ano o cargo de vice-diretor geral na Administra��o de Est�dios do Estado de Minas Gerais (Ademg). Condenado em um processo que o acusava de compra de votos, o pol�tico foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa em 2010, mas depois teve o registro de candidatura liberado. Ele foi nomeado mesmo depois da aprova��o de uma lei estadual que pro�be que pol�ticos condenados por �rg�os colegiados ocupem cargos comissionados no governo.
Magalh�es havia recorrido da decis�o do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) que determinou sua cassa��o, mas nesta ter�a-feira o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisou o caso e manteve a condena��o do pol�tico.