Implos�o de alian�a hist�rica em SP pressiona Alckmin

O grupo pol�tico que desde 2003 comanda o estado de S�o Paulo e a capital paulista desde 2005 vive sua pior crise e pode ser implodido. Tudo por conta da cria��o do PSD (Partido Social Democr�tico) pelo prefeito Gilberto Kassab e de sua aproxima��o da base de apoio da presidente Dilma Rousseff.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) est� propenso a demitir do secretariado o vice-governador, Guilherme Afif, um dos primeiros a anunciar a sa�da do DEM para seguir Kassab no novo partido. A decis�o de Afif provocou imenso inc�modo entre tucanos exatamente pelo seu simbolismo pol�tico: o vice-governador era o elo da hist�rica alian�a do PSDB com o DEM. Em 2002, foi Kassab que indicou Cl�udio Lembo para vice de Alckmin. Em 2004, o pr�prio Kassab foi o escolhido para vice de Jos� Serra na Prefeitura. No ano passado, o DEM designou Afif para novamente compor com Alckmin. Agora, Kassab, Lembo e Afif est�o fora do DEM.

Considerado um dos “fiadores” da coliga��o PSDB-DEM, Afif est� desde a posse � frente da poderosa Secretaria de Desenvolvimento Econ�mico, pasta que gerencia a rede de ensino t�cnico do governo paulista, uma das principais vitrines tucanas. Partiu do DEM a exig�ncia para que Alckmin d� espa�o pol�tico relevante ao partido no governo e deixe Afif como uma figura quase decorativa no cargo de vice.

Nessa quinta, o senador Agripino Maia (RN), presidente do partido, almo�ou com o governador e reivindicou o cumprimento de compromissos estabelecidos quando a alian�a foi firmada: uma secretaria importante. Na conversa, foram discutidas tr�s possibilidades para alojar o DEM. A mais cobi�ada � a secretaria hoje comandada por Afif. A outra, praticamente rejeitada pelo DEM, � a pasta da Agricultura - Jo�o Sampaio est� saindo do cargo. O governador prometeu ainda analisar uma terceira possibilidade. O DEM exige visibilidade e for�a pol�tica. “O espa�o do DEM no governo Alckmin � um fato”, sentenciou Agripino.

O governador n�o recha�ou a hip�tese de retirar Afif nem a aceitou prontamente. Prometeu uma solu��o para as pr�ximas horas mas seus aliados afirmaram reservadamente que ele estaria propenso a aceitar o acordo, inclusive cedendo a pasta de Desenvolvimento Econ�mico.