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Estado de Minas

Dilma volta a Minas para entrega da Medalha da Inconfid�ncia

Presidente Dilma Rousseff comanda nesta quinta, ao lado do governador Antonio Anastasia, a cerim�nia de entrega da Medalha da Inconfid�ncia, em Ouro Preto. �ltimos preparativos movimentam cidade


postado em 21/04/2011 07:09 / atualizado em 21/04/2011 08:27

Policiais ensaiam a coreografia que será feita nesta quinta durante a solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
Policiais ensaiam a coreografia que ser� feita nesta quinta durante a solenidade de entrega da Medalha da Inconfid�ncia (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
A presidente Dilma Rousseff (PT) desembarca nesta quinta em Minas Gerais para, ao lado do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB), ser oradora oficial da cerim�nia de entrega da Medalha da Inconfid�ncia na hist�rica Ouro Preto. � a quarta vez, depois de eleita, que a petista vem ao estado. A exemplo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), Dilma recebe o Grande Colar, honraria m�xima concedida a chefes de Estado, em seu primeiro ano de mandato.

Os �ltimos preparativos para a festa, que esse ano ocorre em meio �s celebra��es da Semana Santa, movimentaram a cidade nesta quarta. Na Pra�a Tiradentes, os 13 cadetes da Inconfid�ncia ensaiavam os passos paracarregar o fogo da liberdade. Core�grafos e o mestre de cerim�nia acompanhavam, enquanto a equipe de seguran�a trocava orienta��es para a organiza��o do dia seguinte.

Em outro ponto da cidade, o prefeito �ngelo Oswaldo (PMDB) comandava outro evento oficial. O peemedebista recepcionou dezenas de cavaleiros da Inconfid�ncia que trouxeram o fogo simb�lico para as homenagens aTiradentes. Eles sa�ram de Carrancas no dia 12 e passaram por Madre de Deus, S�o Jo�o del-Rei, Tiradentes, Prados, Caranda�, Cristiano Otoni, Queluzito, Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco at� chegar a Ouro Preto. O grupo veio pelo leito de uma antiga estrada do s�culo 18. “� a s�tima vez que a cavalgada com representantes de v�rios clubes decavalos vem do ch�o natal de Tiradentes trazendo o fogo simb�lico. Eles ficam acampados na entrada da cidade e levam o fogo at� a pra�a, onde acender�o a pira c�vica”, explicou o prefeito. O motorista aposentado C�lio Rita de Andrade, de 56 anos, n�o esconde a satisfa��o de participar pelo sexto ano da cavalgada. Durante o ensaio de ontem, ele fez o papel de Tiradentes. “Ficamos alguns dias longe da fam�lia, mas vale a pena. Estamos aqui representando a liberdade, o fogo � o s�mbolo da liberdade”, disse.

Na pra�a, o palanque para receber as autoridades foi montado enquanto a �rea era cercada. Alguns curiosos observavam os preparativos. Esse ano a festa come�a mais cedo. Por volta das 9h30, a presidente Dilma eo governador Anastasia participam da cerim�nia de sepultamento dos restos mortais dos Inconfidentes Jos� de Resende Costa, Jo�o Dias da Mota e Domingos Vidal de Barbosa no Pante�o dos Inconfidentes, no Museu da Inconfid�ncia. A cerim�nia ser� fechada. “No pante�o havia uma l�pide sem inscri��o aguardando um inconfidente desconhecido e chegaram tr�s. � emocionante ver todos se reunirem outra vez nopante�o dedicado aos conjurados”, afirmou o prefeito da cidade.

Em seguida, Dilma e Anastasia recebem honras militares na Pra�a Tiradentes e haver� a transfer�ncia simb�lica da capital do estado para Ouro Preto. Este ano, 239 personalidades foram agraciadas com a medalha, incluindo os ministros da Sa�de, Alexandre Padiha, da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, da Integra��o Nacional, Fernando Bezerra e a da Cultura, Ana Buarque de Holanda. Tamb�m ser�o condecorados v�rios artistas, m�sicos, profissionais liberais, militares e desembargadores.

Na cidade governada por um prefeito aliado � presidente Dilma, a expectativa � de que n�o haja muitos protestos. O aliado do PMDB comemora a terceira visita da presidente mineira em menos de um ano. �ngelo Oswaldo lembra que a petista come�ou e encerrou sua campanha eleitoral pela Presid�ncia na cidade.

Para matar a saudade
Um dos agraciados com a Medalha da Inconfid�ncia � o professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Eduardo Daruge, de 78 anos, respons�vel pela reconstitui��o facial de Jos� de Resende Costa (1728-1798), que participou da Conjura��o Mineira (1788-1789) e se torna, com o trabalho do perito em medicina legal e ajuda da tecnologia, o �nico rosto conhecido do movimento liderado por Joaquim Jos� da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792). Resende Costa e outros dois conjurados –Domingos Vidal Barbosa Lage (1761-1793) e Jo�o Dias da Motta (1743-1793), igualmente objetos da pesquisa – ser�o sepultados, em cerim�nia �s 9h30, no Pante�o dos Inconfidentes, no primeiro andar do Museu da Inconfid�ncia, em Ouro Preto, a 95 quil�metros de Belo Horizonte.

Na tarde de ontem, rec�m-chegado de Piracicaba (SP), onde reside e trabalha, Daruge falou da sua alegria em receber a comenda em Ouro Preto, cidade onde n�o vai h� quase 50 anos. “A �ltima vez foi em 1962, quando participei, em BH, de uma reuni�o nacional de profissionais de odontologia legal”, diz o professor, que tamb�m � formado em direito. No dia 3, o Estado de Minas publicou, com exclusividade, mat�ria sobre as pesquisas de Daruge, que se dedicou durante seis anos � separa��o e identifica��o dos ossos dos inconfidentes sentenciados, pela coroa portuguesa, ao degredo em Guin�-Bissau, na �frica. Em 1932, os restos mortais voltaram ao pa�s, mas apenas em 1993, por um pedido do diretor do Museu da Inconfid�ncia, Rui Mour�o, foram enviados � Unicamp para an�lise.

“Foi um verdadeiro quebra-cabe�a. Tivemos que separar cuidadosamente cada fragmento para formar o cr�nio de Jos� de Resende Costa, j� que os peda�os estavam misturados com terra, pedras e lixo”, disse Daruge, autor de cerca de 10 mil per�cias judiciais nas �reas c�vel, criminal, trabalhista e de investiga��o de paternidade, tendo sido o respons�vel pela reconstitui��o facial do carrasco nazista Josef Mengele e do cantor Jo�o Paulo, carbonizado em consequ�ncia de acidente de carro e outros.

Direitos humanos
A presidente Dilma Rousseff voltou a cobrar ontem a reforma do Conselho de Seguran�a da ONU. Dilma disse que em termo de seguran�a "a ONU envelheceu" e que a reformula��o do �rg�o "n�o � um capricho do Brasil". Ao participar das comemora��es do Dia do Diplomata, Dilma afirmou que a pol�tica externa do Brasil ser� pautada pelos direitos humanos e que as parcerias com os pa�ses da Am�rica do Sul ter�o prioridades. A presidente afirmou tamb�m que o Brasil "deixou de ser visto como um pa�s pequeno e impotente". Segundo Dilma, a reforma do Conselho do ONU � necess�ria para reconhecer o papel dos pa�ses emergentes no atual cen�rio internacional.


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