
A determina��o de colocar logo em pauta a pol�tica de alian�as � do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, preocupado com o desempenho do partido em 2012. Em todas as conversas com a c�pula partid�ria, ele pergunta como est�o as conversas para as elei��es municipais. No anivers�rio do PT, em fevereiro deste ano, ele foi direto na cobran�a: “Tem muita cidade importante em jogo nas elei��es de 2012. N�o podemos deixar para discutir esse assunto depois”.
As maiores cidades s�o as que mais preocupam Lula. Hoje, o PT n�o tem perspectiva de uma alian�a s�lida em S�o Paulo. Pode tamb�m ter problemas em Belo Horizonte, onde o prefeito, do PSB, mant�m alian�a com o PSDB, enquanto o vice � do PT. Quanto ao Rio de Janeiro, embora os petistas tenham algumas op��es, o aliado Eduardo Paes, do PMDB, � candidat�ssimo a mais quatro anos de mandato. Ou seja, se lan�ar candidato nesses tr�s munic�pios considerados importantes para forma��o de uma base rumo a 2014, o PT corre o risco de ficar isolado. Para n�o deixar transparecer o medo de isolamento, os petistas pretendem discutir esse tema entre os seis pontos da reforma pol�tica que consideram fundamentais. De sa�da, o partido tende a acabar com as coliga��es nas elei��es proporcionais – de vereadores, deputados estaduais e federais. Assim, os petistas acham que deixar�o de dar “carona” a pequenas legendas.
Outra grande preocupa��o do PT � quanto ao fortalecimento dos partidos. “Hoje, o voto � muito personalista. � preciso encontrar uma forma de dar � pol�tica uma caracter�stica mais partid�ria. Por isso, o PT come�a a trabalhar com a lista flex�vel”, afirma o l�der da bancada na C�mara, deputado Paulo Teixeira (SP). Na lista flex�vel, o partido apresenta sua escolha de candidatos, na ordem de prioridade com que pretende preencher os assentos em disputa. O eleitor pode endossar a ordem proposta ou ent�o mud�-la, votando em nomes que est�o colocados no fim da listagem. “� uma forma de valorizar o partido sem tirar do eleitor o direito de escolher o integrante daquele partido que ele quer ver eleito”, afirma Teixeira.
A fidelidade partid�ria e o financiamento exclusivamente p�blico para as campanhas pol�ticas tamb�m estar�o na ordem do dia dos debates dos petistas. Mas eles decidiram n�o deixar de lado o debate econ�mico e a alta nos pre�os dos combust�veis. O tema ser� abordado em palestra do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deve ainda falar sobre infla��o e juros.
Os petistas querem saber de Mantega se ter ele seguran�a de que a economia n�o vai degringolar, o que jogarira por terra o projeto de poder do partido. Em suas discuss�es mais reservadas, o partido tem avaliado que s� h� risco de os planos eleitorais do PT em 2012 e 2014 serem comprometidos se houver algum solavanco forte na economia. Hoje, o vil�o mais forte nesse cen�rio � o pre�o da gasolina. Al�m de Mantega, os petistas esperam contar com a presen�a da presidente Dilma Rousseff e de Lula. Mas at� domingo nenhum dos dois havia confirmado a participa��o.